A continuidade das operações no BPC, no BCI e no Banco Económico estão dependentes da injecção de capital pelo seu accionista. No caso dos dois primeiros bancos o accionista único é o Estado, já no caso do BE é a Sonangol, sendo este o banco que representa a maior dor de cabeça.
O Estado vai injectar este ano pelo menos um bilião Kz para recapitalizar três bancos, nomeadamente o Banco de Poupança e Crédito (BPC), Banco de Comércio e Indústria (BCI) e Banco Económico (BE), de acordo com cálculos do Expansão.
No caso do BPC, e de acordo com o plano de revitalização apresentado há semanas, o Ministério das Finanças vai injectar 163,7 mil milhões, enquanto o novo accionista, o Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), terá de meter 396 mil milhões Kz (sendo que 15 mil será em “dinheiro fresco” e o restante através de títulos de dívida pública). Contas feitas, só para o BPC serão 559,7 mil milhões.
Quanto ao BCI, que à semelhança do BPC fechou 2019 em falência técnica e insolvente, o plano de recapitalização prevê uma necessidade de capitalização de 57 mil milhões Kz, dos quais 30 mil milhões Kz teriam de ser injectados até 30 de Junho e os restantes serão injectados após a conclusão do processo de privatização. Não se sabe se essa injecção adicional será feita pelo Estado ou pelo futuro accionista, já que o banco presidido por Zenaida Ramos Zumbi desde o final do ano passado será a primeira instituição estatal a ser privatizada em bolsa.
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Quanto ao Banco Económico, que este ano ainda não apresentou as suas demonstrações financeiras de 2019, violando os imperativos legais do banco central, apenas se sabe o que foi divulgado em Agosto do ano passado, quando a assembleia de accionistas aprovou uma recapitalização de 416 mil milhões Kz, a realizar até ao final do mês de Junho deste ano. O BE já não tem a Lektron Capital na estrutura accionista, já que no ano passado esta entregou a sua participação de 31% à Sonangol, porque não chegou a pagar os financiamentos que a petrolífera fez à empresa ligada ao general Kopelipa e a Manuel Vicente quando entrou como accionista do Banco Económico.
Assim, a estrutura accionista do banco é hoje composta pelo Estado, por via da Sonangol, e dois privados, nomeadamente a Geni Novas Tecnologias (pertence ao general “Dino”), com 19,90% do capital, e o português Novo Banco, com 9,72%. O Expansão apurou que os dois accionistas privados não vão ao aumento de capital. Assim, resta à Sonangol avançar com o capital para salvar o banco.
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