O embaixador cessante da Argentina em Angola, Luis Eugenio Bellando, considera que o país está mais credível e transparente, depois de o Presidente João Lourenço ter assumido o poder.
Em entrevista, ontem, ao Jornal de Angola, por ocasião do fim da missão de dois anos e meio no país, o diplomata argentino afirmou que, hoje, há “uma nova Angola”, caracterizada pelo combate à corrupção, melhoria da imagem por dentro e por fora, diversificação económica e abertura ao investimento estrangeiro.
“Cheguei a Angola em 2018, logo após o início da presidência de João Lourenço (...) Ninguém pode negar que, hoje, Angola está mais credível, mais transparente”, declarou Eugenio Bellando, que, ontem, teve um encontro de despedida com o ministro das Relações Exteriores, Téte António, e hoje deixa Luanda, com destino a Buenos Aires, onde deve tomar posse como embaixador no Porto Rico.
“Angola tem o capital humano para converter-se numa potência”
O embaixador argentino disse, ainda, que Angola atravessa uma nova fase da sua diplomacia, a económica, tendo destacado, igualmente, o empenho das autoridades angolanas a favor da consolidação da paz e segurança na região e no continente africano, no qual o país “desempenha um papel de liderança”.
Numa altura em que o mundo enfrenta a pandemia provocada pelo novo coronavírus, que já provocou milhares de mortes a nível global, Eugenio Bellando destacou as “medidas imeditadas” tomadas pelo Presidente João Lourenço na luta contra a propagação da Covid-19 em Angola.
Ao referir-se ao futuro do país, o diplomata não tem dúvidas quanto à previsão: “Angola tem o capital humano para converter-se numa potência”.
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Balanço positivo
Luis Eugenio Bellando fez um balanço positivo da missão de dois anos e meio em Angola. e pediu que se faça uma analogia em relação à agricultura, para se ter uma ideia do que foi o seu trabalho: “realizamos um estudo dos solos, armamos, plantamos, colhemos alguns frutos e vislumbramos novos resultados”, disse.
A Argentina é dos mais importantes produtores e exportadores agrícolas do mundo. Para o embaixador, a presença, em Angola, de profissionais argentinos e respectivas máquinas, tractores e pulverizadores, é um exemplo dos frutos que se pretendem colher no país.
Eugenio Bellando referiu-se, igualmente, à instalação da multinacional argentina Arcor (especializada na produção de alimentos, chocolates, biscoitos, sorvetes, entre outras guloseimas, bem como embalagens), em associação com o grupo angolano Webcor (Angolissar). “Temos outro projectoquesealinhanesta política de diversificação produtiva seguida por Angola adiante, na qual a Argentina tem muito que oferecer, com seu knowhow e experiência”, disse.
Bellando destacou, também, os novos investimentos da empresa argentina de produção de hidrocarbonetos Pluspetrol, na província de Cabinda.
Ao ser convidado para fazer uma avaliação da cooperação entre os dois países, o embaixador argentino em fim de missão considerou que se pode fazer mais, embora, sublinhou, a relação nunca tenha parado. “Sou exigente por natureza. Acho que temos muitas possibilidades de avançar. Aspira- mos que (a cooperação) seja mais intensa”, disse.
Eugenio Bellando informou que o plano de cooperação planeado para este ano inclui, também, entre outros, a antropologia forense (promessa feita pelo embaixador a presidente da Comissão de Rela- ções Exteriores da Assembleia Nacional, Josefina Pitra Diakité), cooperação entre o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) da Argentina e os institutos angolanos de Desenvolvimento Agrário (IDA) e de Investigação Agronómica (IIA), no campo agrícola e pecuário.
Saiba mais sobre este assunto, clicando neste link https://youtu.be/dGrTltznVws
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