Discrimina-se a vítima e apoia-se o prevaricador


O caso da adolescente DF, que terá sido colocada em cárcere privado durante seis horas e, supostamente, estuprada por David Diogo, jornalista da TV Zimbo, mostra, antes de tudo, uma sociedade doente e uma hipócrita classe jornalística, não muito diferente da dos políticos que destruíram o país. Perdoem-me a comparação, colegas!

É que os maiores órgãos de comunicação social do país se mantêm num silêncio sepulcral perante a grave denúncia pública feita por aquela indefesa menina, que terá perdido a sua pureza numa acção criminosa perpetrada por alguém que tinha idade de ser seu pai, com responsabilidade social acrescida, por se tratar de uma figura pública, um fazedor de opinião.

O Jornal O Crime, nos limites dos princípios da ética e deontologia, sentido de justiça e defensor do combate a práticas criminosas, aborda esta matéria como tantas outras.

Pretendemos deixar claro que não damos guarida, nem embarcamos em bacocos exemplos de solidariedade perante situações destas, independentemente da figura em questão.

Aliás, solidariedade só mesmo para com a pequena DF, que neste momento, além de estar a sofrer com as dores causadas pela brutalidade usada no acto criminoso, sofre com a discriminação por parte de algumas pessoas, entre elas mulheres que duvidam da sua versão.

DF até podia ser prostituta, namorada ou mulher do acusado, mas se não pretendesse ter alguma relação sexual naquele dia ... não podia, portanto, ter sido obrigada, seja em que circunstância fosse.
Prefiro não acreditar que tal prática tenha sido perpetrada por um useiro e vezeiro.

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Perdoem-me, uma vez mais, caros colegas, mas não vejo diferença entre os assassinos do comandante Faustino António Luamba e o estuprador da menina DF, pois tanto um como outro pertencem à mesma espécie. Quem abusa de uma menor, não tenhamos dúvidas, também é capaz de matar.

Gostaria, já agora, de ver a Polícia fazer circular o vídeo da audição ou detenção do jornalista, como fez com o que circula dos ´supostos´ assassinos do seu efectivo, uma vez que todos gozam da presunção de inocência.

Imaginemos! Se fosse o inverso, ou seja, o pai da menina DF estuprar a filha do jornalista David Diogo? Será que os solidários de hoje teriam a mesma frieza? Talvez fosse linchado em hasta pública.
Se pretendemos criar uma sociedade melhor, em que os nossos filhos possam viver em paz, sem filhos de A ou B, precisamos de acabar com ridículos sinais de solidariedade.  Uma solidariedade que soa a cumplicidade. Quem é solidário com estuprador ou assassino deliberado, talvez seja capaz de cometer o mesmo acto, e é isto que me preocupa.

Jornal O Crime

Saiba mais sobre este assunto, clicando neste link https://youtu.be/_3i5MmE_Obk

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