Caso IURD: Bispos e pastores da ala brasileira baixam o tom, e agora fazem o papel de vítimas

A direcção da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Angola considerou, em Luanda, falsas as acusações apresentadas por pastores e bispos angolanos.

Em 28 de Novembro de 2019, a auto-denominada "Comissão de Reforma da IURD" apresentou, às autoridades angolanas, um manifesto com várias denúncias, entre as quais a prática da vasectomia, lavagem de dinheiro, discriminação racial e evasão fiscal.

Os supostos crimes estão a ser investigados pela Procuradoria Geral da República.

Numa carta de direito de resposta a uma notícia veiculada pela Angop, no dia 20 de Julho deste ano, intitulada "Angolanos denunciam difamação", a direcção da igreja nega a existência de alas e acusa a Comissão de Reforma de tentar "apropriar-se da IURD e do seu património".

Eis a íntegra da carta de direito de resposta da instituição religiosa:

Exmo. Senhor Director da "Angop – Agência Angola Press"

Rua Rei Katyavala 120/122

2181 Luanda

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Luanda, 24 de Julho de 2020

Assunto: Exercício do direito de resposta

Exmo. Senhor Director,

Ao abrigo do disposto nos artigos73.º e 74.º da Lei n.º 1/17, de 23 de Janeiro ("Lei de Imprensa"), vem a Igreja Universal do Reino de Deus (doravante, "IURD") exercer o seu direito de resposta em relação à notícia intitulada "Angolanos denunciam difamação" publicada no site da V. agência no dia 20.07.2020, na qual a IURD é directamente visada com factos susceptíveis de lesarem gravemente a sua reputação e honorabilidade, bem como a dos seus representantes, constituindo, de resto, a prática de ilícitos criminais, razão pela qual aqui exerceremos o nosso direito de resposta.

1. Importa recordar que a auto-denominada "Comissão de Reforma" da IURD, que mais não é do que um grupo de dissidentes a tentar apropriar-se da IURD e do seu património pela força através de artifícios manifestamente ilícitos, nunca foi reconhecida como legítima pelos órgãos próprios da IURD, pelos seus membros, obreiros ou pelos tribunais angolanos.

2. A narrativa da Notícia está assente num comunicado da putativa Comissão de Reforma da Igreja Universal do Reino de Deus que usa ilegalmente o nome e elementos distintivos da IURD para assim prevalecer-se da sua reputação, e com isso atingir propósitos claramente ilegítimos.

Anexo

Direito de Resposta

O conteúdo da peça jornalística publicada no site da Angop e replicada por vários meios, tendo a Angop como fonte no dia 20 de julho de 2020 é susceptível de lesar gravemente a reputação e honorabilidade da IURD, dos seus representantes edo Bispo Honorilton Gonçalves , uma vez que conduz os leitores à conclusão falsa de que existe uma campanha de difamação, além de alegaram um suposto crime que as próprias autoridades policiais na ocasião desmentiram em vários veículos de comunicação.

Em todo o caso, não pode a IURD deixar de evidenciar a falsidade das acusações disseminadas pelo grupo de dissidentes e reproduzidas na Notícia.

A IURD lamenta ainda que a Angop, apoiado na retórica utilizada pelo grupo de dissidentes, publiqueuma notícia suscetível de exacerbar um clima de xenofobia e racismo contra os membros de nacionalidade brasileirada IURD, ao criarem a convicção, como foi dito, de que existiria uma ala brasileira e uma ala angolana dentro da IURD, informação falsa e tendenciosa, pois comprovadamente a IURD é composta maioritariamente por Angolanos.

O interesse da IURD é prosseguir pacificamente a sua vocação de auxílio e apoio espiritual e social , a vários níveis, aos seus milhares de fiéis e aos segmentos mais carenciados do povo angolano, sem que a sua missão esteja diariamente a ser atacada com calúnias e difamações além deações tomadas à margem da lei. A IURD, os seus representantes, obreiros e fiéis merecem e anseiam por respeito e que os mesmos sejam tratados com justiça e imparcialidade. Ainda que isso vá contra os interesses de um grupo de indivíduos com fins inconfessos.

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Igreja Universal do Reino de Deus


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