CORRECÇÂO & JUSTIFICAÇÃO DA QUESTÃO: “A RETOMA DO...” OU “O RETOMAR DO...”


CORRECÇÂO & JUSTIFICAÇÃO DA QUESTÃO: “A RETOMA DO...” OU “O RETOMAR DO...”

“Diz-se:
1. "Estamos preocupados com a RETOMA das aulas"; ou
2. "Estamos preocupados com o RETOMAR das aulas"?
Justifique a sua resposta.
Justifica a tua resposta”.
———————————
1. CORRECÇÂO:
A forma correcta é:
“Estamos preocupados com A RETOMA das aulas”.

2. JUSTIFICAÇÃO
Trata-se de uma questão relacionada com o uso de um substantivo ou de um verbo. No caso, em análise, a forma correcta é, como disse, “Estamos preocupados com O RETOMAR das aulas”., pois antes de um. verbo não se usa ARTIGO, definido (o, a, os, as) ou indefinido (um, uma, uns, umas), tampouco um determinante (este, esse...). Portanto, não se diz “O evoluir da situação”; O assumir de responsabilidade”; “O acumular de dívidas”. Nestes casos, devemos usar, respectivamente, os substantivos: evolução”, “assunção” e “acumulação”.

Há um
Número reduzido de vocábulos, que fazem parte de uma mesma família de palavras, como, por exemplo, “sociedade”, “socialização”, “socializar”, “social”, “socializável”.

Por falta de domínio da gramática, nomeadamente, as categorias gramaticais das palavras (artigos, substantivos, adjectivos, verbos, pronomes...), muitos utentes da língua portuguesa usam indevidamente as palavras. A insuficiência de vocabulário ou a preguiça mental de alguns faz-lhes usar palavras inadequadas a um determinado contexto. Como é possível alguém dizer “Estou a acompanhar o EVOLUIR da situação”, quando deve dizer “Estou a acompanhar a EVOLUÇÃO da situação”?!

Fisioterapia ao domicílio com a doctora Odeth Muenho, liga agora e faça o seu agendamento, 923593879 ou 923328762

As categorias das palavras são mencionadas nos dicionários. E há dicionários que apresentam os contextos em que as palavras podem ser usadas. Quando se ignora ou se desrespeita a classe gramatical das palavras, viola-se a língua.

Pode-se começar uma frase com o verbo no infinito, desempenhado, nesse caso, a função de sujeito, por exemplo, “ALMOÇAR à hora habitual é um hábito de famílias organizadas”. É Inaceitável a frase “O ALMOÇAR à hora é um hábito família organizadas”.

O uso indevido de verbos, ou seja, o uso de verbos, como se fossem substantivos tem gerado frases absurdas, como “O IR ao cinema...” “O FAZER a...”. Além do emprego inadequado dos verbos, muitos utentes da língua portuguesa “criam” adjectivos (inexistentes), que lhes dêem mais jeito na formação de frases.

Sabemos que as línguas são dinâmicas. Contudo, o seu dinamismo não deve ser confundido com o desvirtuamento (ou desvirtuação) das línguas”.

Geralmente, os errantes justificam os seus erros, apresentado como argumento o dinamismo da língua: “A lingua é dinâmica”. Que argumento absurdo!

Se alguns “intelectuais” usam palavras inadequadas ao texto ou ou criam palavras absurdas, então, podemos admitir que as pessoas iletradas criem vocábulos absurdos. Não nos esqueçamos de que elas têm grande criatividade. É como base na sua criatividade que ouvimos palavras, como “manteigar”, frescar” e “mosaicar”.

As pessoas preocupadas com o uso correcto de uma língua, devem estudar continuamente as suas regras e acompanhar a sua evolução. Quem não estiver actualizado em relação às regras de circulação rodoviária, corre o risco de provocar acidentes. Do mesmo modo , quem ignorar as regras de uma língua, bem como os que não acompanharem a sua evolução, falarão e escreverão mal.
As relações sociais são estabelecidas por regras. São regras que determinam que as pessoas são bem ou mal comportadas. Fazendo uma análise comparativa, são as regras gramaticais, que permitem aferir que uma determinada pessoa fala e/ou escreve bem ou mal.

Estimado amigos e amigas,
Caros utentes da língua portuguesa portuguesa,
Para terminar, deixo-lhes a segunda pergunta de reflexão: “E se, ao invés de dizer “O DESVIRTUAMENTO das línguas” eu dissesse “O DESVIRTUAR das línguas”?

Reencaminhem este texto às pessoas dos seus contactos, sobretudo, aos políticos, jornalista, comentaristas e docentes dos países lusófonos.

Por: José Carlos de Almeida

Saiba mais sobre este assunto, clicando neste link https://youtu.be/ecK9j5N1P1I

     

Postar um comentário

0 Comentários