Um empresário colombiano de seu nome Alex Naím Saab Morán foi detido pela Interpol em Cabo Verde onde o avião privado em que seguia — desde Caracas e com destino a Teerão — realizou uma paragem para reabastecimento.
Investigado pelas justiças colombiana e norte-americana por suspeitas de lavagem de dinheiro, pensa-se que este homem de 48 anos, de ascendência libanesa, seja um testa de ferro do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
Ouro por gasolina
Este sábado, o Governo da Venezuela exigiu a libertação do empresário, considerando a sua detenção ilegal face ao direito internacional e um ato “de agressão e assédio contra o povo venezuelano por parte do Governo dos EUA”, lê-se num comunicado divulgado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros Jorge Arreaza.
Fisioterapia ao domicílio com a doctora Odeth Muenho, liga agora e faça o seu agendamento, 923593879 ou 923328762
Segundo o Governo de Caracas, a viagem de Saab Morán ao Irão destinava-se “a garantir o direito a alimentos, cuidados de saúde e outros direitos básicos fundamentais do povo da Venezuela”. Suspeita-se que, na realidade, o empresário fosse negociar acordos visando a troca de ouro venezuelano por gasolina iraniana.
A relação deste empresário com a cúpula do poder venezuelano data dos anos de Hugo Chávez no Palácio de Miraflores. A 28 de novembro de 2011, Saab Morán foi o representante legal de um acordo no valor de 685 milhões de dólares (608 milhões de euros) para construção de casas pré-fabricadas, envolvendo a Colômbia e a Venezuela.
Assinado em Caracas, na presença dos Presidentes dos dois países, Juan Manuel Santos e Hugo Chávez (e do ministro dos Negócios Estrangeiros deste, Nicolás Maduro), este negócio enriqueceu-o e, escreve a BBC, “seria a origem de um dos presumíveis maiores esquemas de corrupção dos últimos tempos na Venezuela”.
Algumas das suas empresas são também investigadas no México onde já viu alguns bens serem congelados, Na semana passada, a justiça colombiana anunciou o embargo de oito propriedades em Barranquilla — a cidade natal do empresário, no norte do país —, que estavam em nome de uma sociedade “que teria servido de fachada para ocultar dinheiro obtido por Alex Saab” através de uma empresa dedicada a “importações e exportações fictícias que representaram perdas para o Estado colombiano”, diz um comunicado judicial.
Segundo a edição em língua portuguesa do jornal espanhol “El País”, “com Maduro no poder, Saab transformou-se numa figura-chave, chegando a ser o principal fornecedor do programa de alimentos subsidiados dos Comités Locais de Abastecimento e Produção, que fornecia caixas e sacos de comida importada de baixa qualidade com sobrefaturação e vendida mensalmente aos venezuelanos”.
Saiba mais sobre este assunto, clicando neste link https://youtu.be/U0AXf9cZlHY
0 Comentários