A entrevista do “nosso cunhado” Sindika Dokolo ao programa João2Pontos, da MFM, está a ser bastante interessante. Noto-lhe, porém, dois momentos que a fragilizam. O primeiro é o excessivo egocentrismo de Sindika: apenas ele e a mulher sabem fazer as coisas; se lhes deixassem fazer as coisas Angola estaria na Lua.
Outro momento menos feliz é a subvalorização do papel de José Eduardo dos Santos no império que a filha criou. Sindika quer a todo o custo convencer-nos que o império da sua esposa resultou, exclusivamente, do empreendedorismo dela e do marido e que o ex-Presidente da República não teve nenhum papel nisso.
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Ora isso não é verdade. Como muitos de nós, Sindika sabe que o seu sogro doou à filha importantes empreitadas públicas. Isabel dos Santos tornou-se empreiteira de projectos públicos para as quais não concorreu com ninguém. Como muitos angolanos, Sindika também sabe como parte da UNITEL foi parar ao colo da sua mulher; Sindika também sabe como ele próprio ficou com a participação do Estado na Cimangola.
Em suma: a entrevista do “nosso cunhado” poderia tornar-se num bom moimento de jornalismo angolano se não tivesse povoada de tanta mentira e egocentrismo.
Subestimar o papel do “Clarividente” na constituição do império de Isabel dos Santos é, até, um insulto ao carinhoso e dedicado pai.
Por: Graça Campos
Saiba mais sobre este assunto, clicando neste link https://youtu.be/uQcqNNHVbSo
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