1) A UNITA está a pressionar para que as eleições autárquicas tenham lugar este ano, no esteio duma promessa do presidente João Lourenço. Nesse afã, finge não ver que não há verdadeiramente condições objectivas, nem subjectivas, para a realização duma empreitada desse jaez com garantias de sucesso. O novo corona vírus está a rebentar o país de tal forma, a crise social e económica é tão grave, que nesse momento a esmagadora maioria dos cidadãos, posso apostar, estará mais preocupada em saber como sobreviver mais um dia do que de eleições municipais, numa altura em que nem água se consegue fazer chegar às escolas para o reinício do ano lectivo, que na verdade até já se perdeu. Cobrar eleições num ambiente desses parece de doidos.
2) Naquela sua de mais papista do que o papa, o MPLA já respondeu dizendo que vai sim haver eleições autárquicas em 2020, sendo que ele até é o maior interessado nisso, bastando ver com que empenho é que está a trabalhar para isso ao nível da produção da legislação afim. É bugue. Se as «Gloriosas FAPLA» estivessem realmente interessadas alguma vez nisso, o país já estaria certamente nas quintas eleições autárquicas. Portanto, eleições autárquicas este ano só se forem da pimpa, em meia-dúzia de municípios.
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3) Se calhar mais doido do que os dois «grandes», o MPpSN (Movimento Pessimista para a Salvação Nacional), na voz do seu presidente honorífico, Sua Excelência MqD (Mais-que-Doutor) Salas neto, lembra uma sua proposta já velha: prioridade à revisão constitucional, com o objectivo de se criar um quadro legal que permita já em 2022 a realização de eleições verdadeiramente gerais - presidenciais, legislativas, provinciais e municipais. E mais não digo.
Saiba mais sobre este assunto, clicando neste link https://youtu.be/ecK9j5N1P1I
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