Primeira liga de futebol de Angola, dá passos firmes para sair do papel

organização do próximo Girabola, por uma estrutura próxima da futura Liga dos Clubes de Futebol de Angola, dominou domingo a reunião, por teleconferência, dos presidentes das 15 agremiações habilitadas a disputar a principal competição da modalidade no país.
No espírito dos encontros realizados com o elenco directivo da Federação Angolana (FAF), liderado por Artur de Almeida e Silva, os dirigentes analisaram formas de evitar que o início do campeonato fique dependente da realização das eleições no organismo reitor, cujos prazos foram estendidos até ao final de Setembro, pelo Ministério da Juventude e Desportos.

Contactado ontem pelo Jornal de Angola, Alves Simões, presidente cessante do Interclube, fez questão de esclarecer dúvidas quanto a alegados movimentos tendes a romper com a instituição federativa, no processo constitutivo da estrutura organizativa da prova.
“É bom que fique claro que as coisas não são conforme estamos a ouvir. A nossa reunião de domingo visou acertar detalhes, a pensar nos preparativos da próxima época, mas sempre em estreita coordenação com a FAF, que tem a última palavra em tudo que os clubes decidirem, pois é ela que interage com a Confederação Africana (CAF) e FIFA”, detalhou.
Decano dos presidentes, o líder dos polícias é apontado como futuro presidente da Liga de Clubes, que a ser efectivada vai incorporar os conselhos Técnico Desportivo, de Árbitros e de Disciplina. “Temos bases para caminhar. Quanto à liderança, tudo passará pela vontade da maioria, em assembleia”, disse Alves Simões.

Trabalho de casa

Em entrevista ao nosso jornal, há um mês, Tomás Faria, em final de mandato na liderança do Petro de Luanda, recusou a ideiadeo impedimentodacriação da Liga residir no facto de se olhar para a estrutura organizativa com base numa realidade diferente da angolana.

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“Não. Apenas andamos em velocidades diferentes. Os clubes já estavam muito longe. A FAF não alinhou como combinado e a situação parou. A plenária que estava para acontecer em Fevereiro ficou sem efeito, porque na mesma data a FAF marcou uma Assembleia Geral. Neste momento estamos novamente parados, porque os clubes não devem seguir isoladamente. Foi criada uma comissão que deve apresentar um primeiro relatório em plenária, que ainda não teve lugar. Porém, sou de opinião que enquanto não sai a Liga, deve ser criada uma estrutura da FAF (embrião), composta pelos conselhos Técnico Desportivo, Central de Árbitros, Disciplina e Jurisdicional, com um orçamento próprio, cujas receitas provenham das taxas de inscrição e dos direitos televisivos, para cuidarem já do próximo Girabola. A FAF que cuide das selecções nacionais”.

É possível olhar para a Liga, enquanto organização de clubes suportados até por instituições públicas, e só depois se pensar nas SAD e estrutura de negócio?
Sim. Há clubes que são propriedades de instituições públicas. Na prática, o que dão pode ser considerado a fonte referente ao marketing, pois em contrapartida a instituição deve ser publicitada.

Não parece haver contradição em haver Liga com clubes cujos donos são empresas públicas. Quanto às SAD, a legislação já permite a sua criação. Ao nível do Petro isto já faz parte da nossa estratégia. Queremos entrar para a Bolsa de Valores. Leva alguns anos e há requisitos a cumprir.

Provas africanas

A Confederação Africana colocou para serem votadas, na reunião do último domingo, três propostas de preenchimento dos lugares das Afro- taças, diante do quadro de estrangulamento criado pela pandemia da Covid-19.
Na primeira, a CAF diz que as federações que não concluíram a temporada 2019/2020, mas estabeleceram um critério para classificar as equipas ou homologar a classificação das competições nacionais 2019/2020, as equipas envolvidas na próxima temporada são as qualificadas nas referidas provas, de acordo com os critérios de participação mencionados no artigo 6, capítulo 4, do regulamento.

As federações que não puderam concluir a época e consideraram totalmente cancelada, as equipas envolvidas na próxima temporada são as mesmas de 2019/2020, levando em consideração a cota de cada associação de acordo com a classificação. No caso de Angola, 1o de Agosto e Petro de Luanda na Liga dos Campeões, Despor- tivo da Huíla e Kabuscorp do Palanca, na Taça da Confederação “Nelson Mandela”.

Nos casos em que ainda não terminaram a temporada, será solicitada a escolha de um dos dois critérios mencionados, para determinar o (s) representante (s) e a CAF aprovará, ou deixará sem efeito os critérios escolhidos.

Saiba mais sobre este assunto, clicando neste link https://youtu.be/lImdA0kuJI4

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