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«PACTO DE REGIME» COM A IGREJA UNIVERSAL?

A grande impunidade de que parece beneficiar em Angola, cuja sinalização maior terá sido a inocentização total e completa com que saiu do processo que se seguiu à chamada «tragédia do dia do fim», chega a fazer pensar na provável existência dum qualquer pacto entre o Estado e a brasileira Igreja Universal do Reino de Deus. A congregação do «apóstolo» Edir Macedo está no país desde 1992, tendo acabado por ser a confissão que mais cresceu desde que o país se abriu à «democracia religiosa», já com uma implantação muito próxima da secular igreja católica em meia-dúzia de anos. Decididamente, esse «boom» espantoso não seria possível sem algum tipo de apoio institucional, através da descarada umbrela que lhe era oferecida por altos dignitários do regime de José Eduardo dos Santos. A IURD chega a fazer propaganda na própria televisão pública, já depois de dominar estações como a LAC e a Zimbo, o que lhe facilitou a penetração pelo país quase inteiro, onde as catedrais se multiplicavam como cogumelos.

Há dias, consegui encontrar resposta para uma questão que me martelava a cabeça desde a ressaca do «massacre da cidadela», que julgo suficiente para sustentar a tese da eventual existência de um «pacto de regime» com a Igreja Universal, que parece não ter sido ainda abolido, como seria de esperar, após a chegada ao poder de João Lourenço, que até já deu indicações de que iria disciplinar o negócio da fé em Angola. É assim: nunca chegara a compreender por que é que quando as autoridades angolanas decretaram a suspensão da IURD por três meses, na sequência da «tragédia do dia do fim», aplicou a mesma medida à Igreja Mundial, que nada, absolutamente nada, tinha a ver com o episódio, algo que só faria sentido se fosse extensivo a todas as outras confissões que operam no país. Compreendi agora: para benefício da própria Igreja Universal, ao mesmo tempo que se dá um sinal da possibilidade de se vir a castigá-la caso o «inquérito» acabe por dar sustentação a isso, tudo conversa para boi dormir, como se comprovou depois com a sua absolvição total e completa, que incluiu uma de todo estranha isenção da obrigação de indemnização aos familiares das pessoas falecidas e às que ficaram estropiadas.

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A sustentação até é básica, pelo que nem sei como é que não cheguei já lá há bué: estando a Igreja Universal suspensa, a sua principal concorrente, a Igreja Mundial, passaria a estar com a bola toda para preencher os espaços deixados vazios pela rival, o que poderia significar a perda de milhares de fiéis ou potenciais fiéis. A solução passava então pela neutralização do adversário. E foi o que se passou: suspensão também para o «coitado» do Santiago, para protecção do Macedo. Diante disso,

sempre tem alguma lógica caso se fale em «pacto de regime» com a IURD. Se calhar, a grande questão agora é a de se saber se ainda continua em vigor. Daqui a dias logo se saberá, ainda que continue em segredo os nomes de quem mama com isso deste lado do hipotético acordo.

Saiba mais sobre este assunto, clicando neste link https://youtu.be/5mHtNGfEbF8

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