“Não olhamos só para o direito de o investidor repatriar capitais, mas também poder financiar-se no mercado interno”

O PCA da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações reconhece que a pandemia obrigou a ajustes na captação de investimentos, numa altura em que o País aposta em novos instrumentos para o fomento de parcerias e para a melhoria do ambiente de negócios.

Como é que a AIPEX está a trabalhar para minimizar os efeitos da pandemia e da baixa do preço do petróleo na captação de investimento directo estrangeiro para Angola?

Vejo isso como mais um desafio. Porque se, por um lado, temos limitações nas deslocações e no contacto directo com os investidores de forma presencial, por outro, isso oferece uma nova realidade. Realidade essa que passa por uma maior dependência da tecnológica e isso pode configurar também uma oportunidade a ser explorada. Tivemos de fazer ajustes na nossa forma de actuar e a criação da Janela Única de Investimento, assim como a alteração pontual da lei do investimento privado em curso são factores importantes para o aumento das oportunidades e a atractividade que o nosso mercado tem a oferecer aos investidores.

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A pandemia está a afectar a captação de investimento?

Sim. Afecta como tem afectado todos os outros sectores. Só a limitação de não se poder deslocar, receber visitas, cria transtornos. Mas, do ponto de vista das intenções, elas mantém-se. Estamos todos

expectantes que este período e situação passem para que possamos em concreto materializar os projectos de investimento. Somos partícipes activos na divulgação dos activos do Estado que estão em privatização e, neste âmbito, temos trabalhado na sua divulgação e também em outras parce

rias, como, por exemplo, com a Bloomberg, canal de dimensão multinacional e abrangência conhecida e que vem agregar um elemento positivo neste esforço.

Quais são as alterações previstas na lei do investimento privado?

Esta alteração incide apenas sobre a introdução do novo regime de benefício e incentivo fiscais, chamado de regime contratual. Este regime não é uma novidade no País porque já existe no sector dos recursos minerais. E oferece muitas vantagens. Por exemplo, um investidor que queira fazer um investimento de 100 milhões USD, se agregarmos a esta oportunidade incentivos fiscais que sejam suficientemente atractivos, o investidor pode aumentar a sua capacidade de investimento.

Saiba mais sobre este assunto, clicando neste link https://youtu.be/rLV-R9UHylU