Gado do Tchad vai continuar a chegar ao país

Brevemente, deslocar-se/ á à República do Tchad para com os seus homólogos, no terreno, (a equipa do Ministério da Agricultura e Pescas) encontrar as melhores soluções técnicas, para que esta tarefa, decidida entre os dois Estados, prossiga da melhor forma, em benefício dos seus respectivos países e povos”, lê-se na longa nota distribuída à imprensa pelo Gabinete de Comunicação Institucional do Ministério da Agricultura e Pescas no
dia de ontem.

Um dos aspectos relevantes a reter é o “prosseguimento da operação”, uma posição que vem desmentir informações anteriores que apontavam para a suspensão do programa de importação do gado do Tchad.

Na nota se pode ler que o país recebeu já 4 351 (quatro mil trezentas e cinquenta e uma) cabeças referentes à primeira fase do processo de aquisição de gado, assim como reitera que, a operação é, de facto, resultante do reembolso de um crédito de Angola àquele país no valor de USD 100 milhões e que vai permitir a vinda ao nosso país de setenta e cinco mil cabeças de gado bovino.

O efectivo animal deverá estar na faixa etária entre os 2 e 3 anos, sub-divido em 75 por cento de efectivo feminino e os restantes masculino, a serem enviados ao nosso país desde o porto de Kribi, na República dos Camarões.

A nota assegura que à chegada “os animais passaram imediatamente a ser assistidos por técnicos do Instituto de Serviços Veterinários (ISV) e pelo Instituto de Investigação Veterinária (IIV), tendo sido feitas intervenções que consistiram na colheita de amostras de sangue e fezes para despiste de doenças, assim como, outros testes laboratoriais e o aprovisionamento no local de quantidades requeridas de alimento (feno, blocos de sais minerais e vitaminas) tal como outros meios técnicos para assistência veterinária.

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Até agora foram entregues aos beneficiários 2 mil e cinquenta animais e há o registo da morte de 412 cabeças, ocorridas tanto durante a transportação como dentro das fazendas destinatárias.

Não estando suspenso o programa, espera-se que mais animais sejam enviados proximamente a província do Uíge onde estão a ser providenciadas condições para a consumação da operação, segundo informações confirmadas por fontes naquela província no Norte do país.

Mesmo com a confirmação da existência de uma doença endémica, que alguns especialistas defendem que não tem cura, o departamento ministerial responsável pelo programa não arreda pé e vai manter o projecto, o que para alguns es- pecialistas é um erro que pode redundar na disseminação da doença para um maior leque de efectivo bovino no país.
Uma fonte citada pelo OPAÍS ontem e que entretanto solicitou o anonimato, referiu que os animais estão a ser vítimas de Peripneumonia Contagiosa dos Bovinos, co- nhecida nos meios científicos veterinários pela sigla PPCB.

A doença existe em Angola, que consta nos registos como região endêmica, pelo que fonte aponta como solução o abate de todo o efectivo afectado. A confirmação da causa da morte dos animais veio da Namíbia que comprovou o resultado positivo a PPCB.
No âmbito do programa de repovoamento animal do Planalto de Camabatela e no quadro dos acordos assinados com o Tchad, Angola começou a receber em Março último as primeiras cinco mil cabeças de um total de 75 mil a serem entregues nos próximos oito anos.
Além de Ambaca (Cuanza-Norte), beneficiaram já também desse gado criadores das províncias de Malanje, Cuanza-Sul e Zaire, estas duas últimas não integrantes da região do Planalto de Camabatela.
O Planalto de Camabatela conta com uma área de um milhão e 410 mil hectares e compreende os municípios de Ambaca e Samba Cajú (Cuanza-Norte), Cacuso, Calandula e Cahombo (Malanje), Negage, Puri, Bungo, Alto Cawale, Can- gola e Damba, província do Uíge.

A região conta com 280 fazendas, repartidas entre as províncias de Cuanza-Norte, Malanje e Uíge, 50 das quais localizadas no município de Ambaca, que tem como sede a vila de Camabatela.

Actualmente, estima-se que haja no Planalto de Camabatela mais de 20 mil cabeças de gado bovino, com predominância para as raças nelor, brama, cimental e a gentia ou autóctone.

Saiba mais sobre este assunto, clicando neste link https://youtu.be/LZPJCrhEPVQ

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