Funcionários do SME acusam director dos Recursos Humanos de fazer deste órgão castrense “a casa da mãe joana”

Funcionários do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) em Luanda, procuraram o Na Mira do Crime para denunciar aquilo que chamam de “abusos na casa da mãe joana”. Para entendermos o caso, dizem os acusadores, é preciso explicar que, desde a nomeação do Director Jó Costa, foram readmitidos vários ex-funcionários criminosos, julgados e condenados no processo que envolveu a ex-directora do SME, Maria Joaquina Campos da Silva, e o mais estranho é que todos eles já estão em tempo e idade de reforma, mas infelizmente nem a Procuradoria Militar ou Inspecção Geral do Estado mexe um dedo”.

“O SME é parte do Ministério do Interior, não é uma religião, só para terem uma ideia dos abusos na casa da mãe joana, só porque o Director do Recursos Humanos (RH) comissário de migração Vidal Manuel Coutinho é religioso, sempre que há reunião com ele, somos obrigados a orar, como se fossemos todos seus fiéis, uma autêntica falta de respeito”, disseram.

“É importante que quem de direito investigue isso, o Divaldo desviava dinheiro de falecidos… Mesmo depois de afastado da área de processamento de salários pelo anterior director da DRH, ele foi reabilitado pelo comissário Vidal Coutinho Vilela…vão lá saber porquê isso não é normal”.

Amiguismo nas promoções

“A actual chefe das finanças”, por exemplo “saiu de inspector-chefe para Subcomissária em menos de três meses; a actual chefe do Protocolo passou de intendente para Subcomissária, tudo isso num único acto, o senhor Baltazar, Chefe de Departamento de Quadros, que até então era superintendente, para que não chamasse atenção caso se promovesse sozinho, escolheu um punhado de 10 amigos e se autopromoveu para a patente de Subcomissário num único acto, deixando de fora outros quadros com mais tempo de serviço do que ele, fazendo-se valer do cargo”, acusaram.

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“A larga maioria dos funcionários do SME tem as suas carreiras congeladas há mais de 10 anos. Na última semana, fruto de um processo que estava pendente há dois anos, funcionários que ocupam determinados cargos de chefes de Secção e chefes de Departamento, quer no edifício do Ministério do Interior (MININT), nos Bombeiros, nos Serviços Prisionais, na Polícia Nacional e em várias delegações provinciais, muitos deles até então com patentes de subalternos, foram correctamente elevados para patentes de oficial superior, não como um favor prestado, mais sim em respeito ao que estipulam os regulamentos de carreira”, observam, sublinhando que, na Direcção Nacional do SME em Luanda, por capricho do senhor Vidal Coutinho Vilela, simplesmente promoveu a sua esposa e secretária.

“Passou de Agente de 3ª Classe para Subinspector, pisoteando o que estipula o regulamento de carreiras e o regulamento orgânico do SME”.

O Director do RH, acusam, não permite que funcionários do SME nomeados a determinadas funções ainda pelo ex-ministro Ângelo Tavares sejam promovidos para postos que dignificam estes cargos, tal como ocorreu no edifício do MININT, nos Bombeiros, nos Serviços Prisionais, na Polícia Nacional e em algumas delegações provinciais.

“0 SME é a instituição mais geriátrica de Angola, visto que indivíduos com mais de 40 anos de serviço se recusam em ir à reforma, perseguem e disputam espaço com uma geração que há muito podia renovar este órgão praguejado pela incompetência, pelo amiguismo, pelo empirismo e pelo compadrio”, lamentam.

“Uma das principais provas de tudo”, notam, “é que das últimas ordens de promoção foram distribuídas apenas para algumas delegações provinciais, quando Angola tem 18 delegações. As Ordens dos efectivos das Lundas, do Huambo, de Benguela, do Moxico e outras estão a ser escondidas porquê?  Será que a prioridade é para as Delegações das regiões Kimbundu?”, questionaram.

“O que mais dói, é que todos estes problemas são do conhecimento do Director Nacional Jó Costa, assim como do próprio Ministro do Interior, Eugénio Laborinho…e estes permitem que Vidal Coutinho Vilela atropele o regulamento do SME e impõe os seus caprichos”.

 Assim sendo, pedem, apelamos a intervenção de Sua Excelência Comandante-Em-Chefe, da Procuradoria Militar e da Inspecção Geral do Estado, no sentido de instaurar uma sindicância nos Recursos Humanos do SME, para a reposição da lei e salvaguardar as carreiras da maioria dos efectivos, nas questões de gestão e progressão das respectivas carreiras, nos termos da lei.

“Para que a presente denúncia não seja tomada de forma leviana, sugerimos que as entidades acima recorridas, solicitem as Ordens do mais recente processo de promoção no edifício do MININT, nos Bombeiros, nos Serviços Prisionais, na Polícia Nacional e em algumas Delegações provinciais, e as comparem com a posição em que o senhor Vidal Coutinho Vilela vetou funcionários competentes da Direcção Nacional do SME”, sugeriram.

Saiba mais sobre este assunto, clicando neste link https://youtu.be/LZPJCrhEPVQ

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