COMO ABRAÇAR MULHER ALHEIA IMPUNEMENTE

A chamada dança de salão é uma forma inteligentemente urbana que algum espertalhão inventou para poder agarrar a mulher do outro, sem este poder esgrimir argumentos «jurídico-legais» para se zangar. Os ciumentos têm duas hipóteses: ou proíbem antes da sessão começar ou batem-nas depois da dança terminar. Mas, como eu sou bué azarado, já me aconteceu tirarem-me a garina no meio da keta com um senhor safanão. A Lai, uma minha amiga bancária, adorava ser dançada por mim.

Um dia desses, no «sarrabulho da Dora», não satisfeita apenas com uma, parte logo para a segunda música, sem cuidar de sossegar o esposo antes. Este, que até era meu velho conhecido, vem para o meio da pista, me tira a senhora das mãos e lhe arruma no chão, sem querer saber da reprovação da plateia. «Porra, já é demais!», gritou ele, antes de arrastar a balabina dele.

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Para falar minha verdade, como o gajo é muito mais grosso do que eu, fiquei kimbuado que ele me subisse no lombo. Por sorte, ele entendeu que a culpa não era minha e lá resolveu o assunto com quem devia. Mesmo assim, a senhora não me largava nos muzongués do Kilamba. Quanto ao marido, ouvi que já tinha ido para a cucuia.

Na foto, eu a escangalhar a São Bastos, a miúda que «salvei» da quarentena lá do Cunene, numa kizombada no Kilamba. Ela ficou de patrocinar uma funjada de bagre no meu chalé no próximo sábado, acompanhada do esposo, o Ito Colhões, que não a larga por nada, marcação é marcação.
Quem estiver interessado em apresentações ao vivo da «dança do avacalho», faça o favor de contactar o meu empresário, o sr. LMS Ferreira.

Por: Salas Neto

Saiba mais sobre este assunto, clicando neste link https://youtu.be/uQcqNNHVbSo

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