CARTAS NA MESA O FUTURO DA ALIANÇA (FALCÃO E MUHONGO)


Uma das grandes questões dos próximos dias, mesmo com a COVID-19, será o futuro da coligação, existente entre Rui Falcão, governador da província de Benguela e Leopoldo Muhongo, vice-governador para o sector técnico e infraestrutura. Uma coligação que data desde a chegada de Rui Falcão as terras de Ombaka, sempre apresentada como improdutiva e imoral.

Aquenta-se ou não? Haverá birras, amuos e mais ou menos desencontros, ou a corda acabará por se partir quando menos se espera, naquele momento absolutamente definitivo em que algo de essencial se quebra e a relação já não tem volta? Não é por razões de mera retórica política que o tema do estado da coligação se deve colocar agora. Pelo contrário, os tempos seguintes serão todo ele tempos em que a resistência, ou melhor, a sanidade da coligação será constantemente posta à prova.

Com a visita de João Lourenço, presidente da República de Angola à cidade de Benguela, em Dezembro de 2019, os dois governantes locais, começaram a rastear algumas relações desavisadas existentes no interior do Governo de Benguela. Aí surgiram ao de cima importantes revelações, nada que o primeiro não soubesse, mas, levaram-no (Rui Falcão), a colocar às suas barbas de molho.

Os dois governantes bem localizados no contexto das Acácias Rubras, logo, logo, começaram com picardias, a terçar armas sobre à promiscuidade no seio do Governo. Todavia, tudo indicava que o governador de Benguela, levaria a melhor, mas Leopoldo Muhongo, uma criação de Eduarda Magalhães e de Veríssimo Sapalo e sustentada por Rui Falcão e  com o seu apoio, tornou-se membro do comitê central do MPLA e cogitado como presumível governador de uma província qualquer de Angola, amuado prometeu, no momento certo, voltar à carga com algumas revelações. Tornou-se perverso!

Com a “missão” de Rui Falcão a tornar-se cada vez mais impossível, por razões obvias e agora a acrescentar as consequências do coronavírus, tudo fica mais complicado para ambos.

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Em boa hora, o mundo e particularmente Angola, está a ser assolado pela Pandemia do Coronavírus (COVID – 19), e por causa desta, Rui Falcão entendeu fazer recurso para recuperar o tempo perdido e branquear a sua imagem… Tarde demais! A estrela do COVID – 19, já não ilumina.      
Como vai ficar o estado de alma de Leopoldo Muhongo e que dirá ele ao Lito Guardado, ex-administrador do município de Benguela, sua principal vítima e engolindo muitos sapos, mesmo ciente da razão contida na frase lapidar do Jornal ChelaPress “juntos teremos a cabeça de Lito Guardado”. E revelou-se absolutamente verdadeira. A sua vontade constante foi engoli-lo ou no mínimo reduzi-lo à uma espécie irrelevante.

Na mesa está a corrupção, o enriquecimento ilícito, utilização abusiva do erário público, venda ilegal de terreno e à varias pessoas, o dinheiro da venda de parcelas do projecto Blue Ocean, deixado no BCI - Banco de Comércio e Indústria, pelo Isaac dos Anjos, ex-governador da província de Benguela, utilizado para compra de carros (lexus). São problemas muito sérios que só podem ser resolvidos no âmbito de um forte sistema fiscal e judicial.

O Ministério Público não é só uma “caixa preta”, é também uma caixa enferrujada e ultrapassada. Quando lhe convém, o Ministério Público é absolutamente cego às mudanças que a sociedade angolana está a viver por força da bandeira expressiva de João Lourenço, presidente da República de
Angola. Não há outra forma de concebê-lo quando decide fazer “tábua rasa” à crimes confessos, como foram os casos de Amaro Ricardo Segunda ex-administrador municipal do Lobito; de Veríssimo Sapalo, ex-administrador municipal do Cubal; da Empresa de Águas e Saneamento de Benguela; de Leopoldo J. Francisco Muhongo, actual vice-governador da Provincial de Benguela; este com processos nº 4032/2017 e 5398/2018, existentes há vários meses no D.N.I.A.P. – Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal, Fernando Vidinha, empresário da Benguela Construções, Lda, acusado de crimes de sobrefacturação, obras não concluídas - de fraca qualidade, obras não realizadas; de trabalhos de escravatura e negociatas de vistos de entrada a Angola de entidades portuguesas, que sabendo dos crimes cometidos, foram simplesmente demitidos ou transferidos para outras funções, de modo a não serem presos. Estão impunes que é de supor que nada os vai acontecer.

Uma pergunta que não se quer calar: o governo de Benguela chamou a si a limpeza da cidade de Benguela, alegando, falta de verbas por parte do município. Tudo bem. No entanto, os meios de limpeza (carros e outros equipamentos), pertencentes à  administração municipal, foram alocados sem contrapartida à Street Limpa, uma empresa, supostamente vocacionada para o efeito, pertencente ao Sr. Filipe. Porém, este tipo de relação já não encontra respaldo no novo paradigma da Contratação Pública. Como esclarecer este imbróglio?  

Aos angolanos que sonham com o fim da impunidade e com um poder judicial imparcial só lhes resta lamentar contra a decisão do Ministério Público. O povo angolano merece um claro esclarecimento da PGR - Procuradoria Geral da República e do IGAE – Inspeção Geral da Administração do Estado.

Francisco Rasgado / Chico Babalada

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