Uma loja com preços milionários e com um dos piores atendimento do mundo

Esta, é uma das mais renomadas lojas de mobílias da nossa capital. Os artigos são óptimos e de barato não tem nada. É pena que o pessoal careça de deontologia profissional  para atendimento à clientela. Por duas vezes fui para lá para informar-me de um produto de 1. 692. 000 AKZ (1 milhão e seiscentos e noventa e dois mil kwanzas)e acontece que fui sempre mal atendido. Lá se foram tempos ocidentais em que em cada loja entrava (eu que pela Europa girei tanto como faço hoje pelos bairros de Luanda) não era necessário saudar para obter assistência de alguém, pois apenas entras alguém te vem ao encontro com um bem-vindo sorridente, pronto a servir-te e/ou satisfazer as tuas curiosidades. Em Angola afinal não é assim, e isto acontece todos os dias tendo como principais protagonista as nossas manas em locais de relações públicas: lojas, restaurantes, bancos, recursos humanos, secretariado, etc. Fazes pergunta, antes de responder te devem reparar dos pés aos cabelos, os sapatos, a calça, o cinto, a camisa, o casaco, a gravata, o corte, e se calhar também gostariam de olhar para a marca da roupa interior! Algumas até descarregam aos clientes a frustração de amor que trazem de casa.

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Mas porquê sempre elas e não eles? Nunca, mas nunca mesmo, fui mal atendido por um homem. Não é possível que entras para uma loja, te diriges para um produto tão caro como este e uma loja cheia de funcionárias ninguém te vem ao encontro para devida assistência; para obter informações deves chamar, perguntas e elas te respondem há distância sem dirigir-te algum olhar, pois aquela está ocupada a chatar com o celular na mão; e por cima te responde com piadas de péssimo gosto, como quem queira dizer “quem es tu para comprar este produto”. Assim foi nesta loja, mas pela segunda vez a minha reação não se fez atender: mandei-na chamar a sua responsável e na sua presença expus  a dupla ocorrência, tendo seguido o pedido de desculpas por parte da gerente. Desculpas aceites, mas não basta. Não basta empregar: é necessário reuniões de formação contínua; e eu que já fui garçon de restaurante numa cidade turística como Roma sei o que significa lidar com a clientela. Ninguém te leva um produto com preços como estes com um atendimento de merda. Ao sair de lá fui para o MEG’AFRICA Maculusso; e de facto ali o atendimento foi super, pelo gerente que me fez de guia turística a todos os produtos da loja. Que ninguém me venha acusar de machismo quando em meus negócios assumir apenas homens.

Por: Afonso Ucussapi PHD e professor Universitário

Saiba mais sobre este assunto, clicando neste link https://youtu.be/2tJtJPkQIUs