Presidente da CNE aproveita quarentena para nomear sobrinho

O Presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Manuel Pereira da Silva “Manico”, está a ser acusado pelos seus colegas por ter aproveitado o período de quarentena, para assinar o despacho de nomeação de um sobrinho seu, Domingos Pinto Azevedo, para o cargo de Director de Administração e Finanças e Logística da instituição que dirige.

Domingos Pinto Azevedo foi proposto para o cargo em Março passado, quando Manuel Pereira da Silva “Manico” dava sinais de ter como prioridade o controlo das finanças da CNE. Na altura, recuou  e aguardou  pelo momento certo para nomeação do sobrinho. Enquanto fazia o compasso de espera, “Manico” indicou o chefe do departamento das finanças, Daniel Faria para que acumulasse também com as funções de director “interino” de administração e finanças e gestão de pessoal, até que as águas baixassem.

Aproveitando o clima menos tenso que o país, observa, Manuel Pereira da Silva “Manico” nomeou finalmente o seu sobrinho para controlar as finanças da CNE. O acto de tomada de posse aconteceu recentemente numa restrita cerimonia na presença de quatro pessoas.

Fisioterapia ao domicílio com a doctora Odeth Muenho, liga agora e faça o seu agendamento, 923593879 ou 923328762


Domingos Pinto Azevedo, o novo “director de finanças” , é sobrinho paterno do novo Presidente da CNE, Manuel Pereira da Silva “Manico”. Ambos trabalharam juntos na Comissão Provincial Eleitoral de Luanda. Um como Presidente e outro como responsável da logística. Para além de serem familiares partilham interesses económicos em comum. Domingos Pinto Azevedo é o dono da empresa “DPA Comercial, Limitada” sediada na província do Bengo e que nas eleições de 2017, Manuel Pereira da Silva usou para descaminho de 50 milhões de kwanzas dos cofres do Estado alegando tratar-se pagamento para aluguer de viaturas para transportar fiscais eleitorais.

Em épocas eleitorais a CNE conta com um orçamento perto de meio bilhão de dólares. Nas eleições de 2008 o orçamento foi de USD 927,5 milhões, nas de 2012, de USD 653 milhões, e em 2017, de USD 796 milhões. Tais quantias tem provocado cobiça em meios políticos levando que em fevereiro de 2019, uma corrente ligada a Rui Ferreira que lançou “Manico” para a Presidência da CNE.

Como responsável que serviu por 14 anos a comissão provincial eleitoral, Manuel Pereira da Silva “Manico” passou a ter domínio acentuado das questões dos contratos da CNE, por intermédio de um informante Gilberto Saldanha Afonso Neto colocado no gabinete da Presidência desta instituição.

Saiba mais sobre este assunto, clicando neste link https://youtu.be/2E5c4IC3OJQ

Postar um comentário

0 Comentários