Macau nega cônsul do sexo masculino que Angola enviou, porque o antigo representante de Angola naquele país, se envolveu sexualmente com uma trabalhadora chinesa

Até o mês passado, o Governo de Angola e As autoridades da Região Administrativa Especial de Macau estavam a observar um discreto “Braço-de-ferro” a volta do critério de nomeação do novo Cônsul Geral da República de Angola, Eduardo Velasco Galiano que fora nomeado por Luanda desde Novembro de 2019.

Luanda ignora pedido diplomático

Depois de nomeado, e de ter tomado posse em Dezembro, Eduardo Velasco Galiano viajou para Macau no mês seguinte. Logo após a sua chegada, Macau não estava a proceder com o processo de acreditação do diplomata, o que levou Luanda a deduzir que os chineses daquela região autônoma estariam a “rejeitar” a indicação do novo Cônsul Geral, Eduardo Velasco Galiano.

De acordo com apurações, a “rejeição” inicial por parte das autoridades de Macau é associada ao antecedente de 2014, em que o antigo cônsul-geral de Angola, Pedro da Silva Feijó Sobrinho fora declarado como “persona non grata” por ter se envolvido num escândalo sexual com uma funcionaria chinesa durante uma viagem a cidade de Xangai. Depois daquele incidente sexual,  as autoridades de Macau pediram ao Governo de Angola que não enviassem para aquela região chinesa, um  Cônsul do sexo masculino. Luanda cedeu as exigências e logo a seguir nomeou uma diplomata, Sofia Pegado da Silva como cônsul geral.

As autoridades de Macau desconheciam que Luanda havia indicado como futuro cônsul alguém do sexo masculino para substituir Sofia Pegado da Silva cuja missão terminou em finais de 2019. Segundo apurou o Lil Pasta News, Luanda ocultou a informação descumprindo as formalidades conforme mandam as normas de acreditação de um cônsul.

De acordo com os procedimentos formais, o Instituto das Comunidades Angolanas no Exterior e Serviços Consulares (ICAESC) do MIREX, é o órgão competente que deveria enviar para as autoridades de Macau o “Exequátur” (Autorização dada por um Estado para que o cônsul de outro Estado seja admitido e possa exercer as atividades inerentes às suas funções).

Depois do envio do “Exequátur”, as autoridades de Macau deveriam decidir se aceitavam ou não a nomeação cônsul. Em caso positivo, o MIREX enviaria a carta de acreditação do diplomata a parte homologo.



No processo de nomeação de Eduardo Velasco Galiano as coisas aconteceram ao contrario. Isto é, depois da nomeação de Manuel Augusto como chefe da diplomacia angolana, em Setembro de 2017, este nomeou de seguida um Secretário Geral, Agostinho de Carvalho dos Santos Van-Dúnem “Gugu”, que concentrou todos os poderes em si. “Gugu” Van-Dúnem transferiu competências do ICAESC passa o gabinete do ministro razão pela qual o processo de nomeação dos cônsules passaram a estar no secretismo.

Para nomeação de Eduardo Velasco Galiano como Cônsul-geral em Macau, o Secretário Geral não enviou “Exequátur” as autoridades de Macau, nem tão pouco o processo de acreditação. Ao viajar a Macau, em Janeiro passado, o novo Cônsul-Geral nomeado é que teve que levar em mãos a papelada da sua acreditação razão pela qual as autoridades de Macau ficaram surpreendida pelo incumprimento das regras protocolares. Fora aos pedidos de que não queriam o envio de cônsul do masculino.

Para além de Eduardo Velasco Galiano, encontra-se na mesma situação, o diplomata Mateus Barros José que foi indicado como futuro cônsul em Lisboa. O mesmo já se encontra na capital portuguesa, há dois meses, mesmo sem antes haver resposta do “Exequátur” de Portugal. Somente a pouco é que Luanda comunicou formalmente que está em curso o processo de exoneração do cônsul “cessante” Narciso Espirito Santos Júnior.

Eduardo Velasco Galiano, o cônsul “rejeitado” em Macau é um diplomata que iniciou como operador de telex na embaixada de Angola em Roma, na década de 80. Regressado a Luanda, formou-se em relações internacionais, no instituto criado pelo MIREX. Tornou-se protegido do antigo ministro George Rebelo Chicoty que fez de si, chefe do protocolo, seguido da promoção para a categoria de Embaixador, no quadro da carreira Diplomática. No MIREX, há rumores de que a proteção que usufruía de Chicoty era menos por competência visto que Eduardo Velasco Galiano é primo de uma antiga ministra da cultura, Ana Maria de Oliveira, a época muito próxima do ex-ministro.

Saiba mais sobre este, clicando neste link https://youtu.be/2tJtJPkQIUs

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