Fundação 27 de Maio acusa Bornito de Sousa, Kundi Pahaima, Carlos Lamartine, Kwata Kanawa e Ernesto Liberdade, de serem os assassinos do 27 de Maio de 1977

“Matadores de 27 de Maio vão as barras do tribunal”

De acordo com o livro da Fundação 27 de Maio, na altura dos crimes António Agostinho Neto, era o Presidente da República Popular de Angola, Comandante-em-Chefe das FAPLA e Presidente do Conselho de Revolução, foi e continua a ser o maior criminoso desse genocídio, pois pesa sobre ele acusação de ter perdido o sentido de Estado e de responsabilidade, por ter declarado em público a sentença única e colectiva dizendo “Não vamos perder tempo com julgamentos, agiremos com uma certa dureza (…). Não haverá perdão para os fraccionistas, seremos mais breve possíveis (…). Morte aos fraccionistas” diz o livro desta organização.

Estas palavras naquele momento, soaram como uma sentença de morte que foram cumpridas pelos seus agentes, prendendo, matando todos aqueles que foram considerados fraccionistas ou contestatários diz o documento acrescentando que este estado de coisa prevaleceu por muito tempo, pois que no dia 01 de Agosto de 1979, no aniversário das FAPLA, Agostinho Neto voltou a afirmar que “Eu disse, diante daqueles que ouvem a rádio e vêem televisão que não haveria perdão”.

O que vamos fazer desses elementos? Questionou Agostinho Neto e de seguida respondeu que “Nós não podemos pensar noutra fórmula, além daquela que eu pronunciei na primeira intervenção a propósito deste assunto, não há perdão!” Afirmou.

 Segundo as escrituras, naquele momento António Agostinho Neto declarou que não há perdão para aqueles que já foram encontrados, esses indivíduos fuzilados e aqueles que forem encontrados serão fuzilados para que não voltem a praticar crimes.

Por tudo isso, Agostinho Neto foi o responsável do genocídio verificado em Angola e que ceifou milhares de vidas humanas, estimadas em mais de oitenta mil almas, diz o documento.

Matadores do 27 de Maio em liberdade

Segundo o livro da Fundação, Pedro Maria Tonha “Pedalé” Evaristo Domingos Kimba, Manuel Pedro Pacavira, Agostinho André Mendes de Carvalho “Uanhenha Xitu” Carlos Lamartine, António dos Santos França “Ndalu”, Paulo Teixeira Jorge, Cristiano André, Carlos Alberto Van-dú-ném “Beto”, José Maria, Julião Mateus Paulo “Dino Matross” Virgilio de Fontes Pereira “GiGi”, Kundi Pahaima, Bornito de Sousa, Bento Francisco Bento, Norberto dos Santos “Kwata Kanawa” João Ernesto dos Santos “Liberdade”, José Luandino Vieira, Artur Carlos Pestana dos Santos “Pepetela”, são alguns dos matadores do massacre de 27 de Maio de 1977.

De acordo com a fonte deste jornal, Pedro Maria Tonha “pedale” foi membro do Bureau Político e do Comité Central do MPLA, do Conselho da Revolução e Comandante da extinta FAPLA, acrescentando que como militar e membro dos órgãos a cima citados, participou na perseguição, captura, tortura contra os ditos fraccionistas ou “nitistas”. Muito embora sabia-se que Pedalé participou em algumas reuniões com o Comandante Níto Alves.

Depois da purga, embora iletrado foi agraciado com o cargo de comissário (Governador) da província do Huambo onde em perseguição e repressão contra os Ovimbundos assassinou alguns por pertencerem a UNITA, com morte lenta em contentores, diz o documento.

“Mas tarde, por estes efeitos, foi elevado a Ministro da Defesa, em substituição do outro sanguinário Iko Carreira, que morreu como um cão sem dono.

Inicialmente o seu corpo foi impedido de ser enterrado em Cabinda, sua terra natal, considerado da causa da independentista, diz a missiva acrescentando que o enterro só foi permitido depois de várias negociações que duraram cerca de dois anos.

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Evaristo Domingos Kimba, ostentava o cargo de membro BP e do Comité Central do MPLA, do Conselho da Revolução e Major das FAPLA. Este interinava à presidência na ausência de Agostinho Neto.

Verdugo e traidor da luta independentista da Cabinda perseguiu Níto Alves até a sua entrega as autoridades, tendo ficado com a pasta do lendário Comandante onde continha documentos “secretos” que desapareceram. Embora iletrado, foi Ministro da Agricultura, e mas tarde Embaixador, tendo morrido sem beira nem era, como de praga se tratasse.

Manuel Pedro Pacavira, foi activista político e membro do Comité Central do MPLA, e juntou-se com Uaenhenga Xito, um dos principais de tractores do Comandante Níto Alves, porquanto hegemonia entre os marquizardes e os ex-presos políticos, diz acrescentando que essas duplas, era perigosa e não admitiam qualquer contestação a Agostinho Neto, e quem o fizesse era imediatamente abatido (morto).

Durante os acontecimentos do 27 de Maio de 1977, Manuel Pedro Pacavira, apareceu publicamente fardado e armado, embora nunca tinha feito parte das estruturas militares e paramilitares, permitindo-o assim matar livremente todos que cheiravam fraccionismo.

Pacavira era chefe de uma CAC. Nesta qualidade conseguiu fazer intrigas junto de Agostinho Neto, simulando à morte de um casal branco para culpabilizar o Comandante Sotto Mayor que se encontrava em Calumbo, no casamento do Comandante Imperial Santana em Agosto de 1975. Está intriga resultou no fuzilamento em hasta público do Comandante histórico antes da proclamação da independência.

O documento afirma ainda que Carlos Lamartine, músico-compositor, transitou de bufu (traidor) da PIDE-DGS para a DISA ajudou os carrascos na caça dos seus companheiros músicos dentre eles David Zé, Urbano de Castro, etc. … E ganhou como recompensa o cargo de membro do Comité Central do MPLA.



Já Agostinho André Mendes de Carvalho “Uanhenga Xito” de feliz memoria, era activista político destacado do MPLA e membro do Departamento de Organização e Massas, e do Conselho de Revolução.

Uanhenga Xito, como era mas conhecido tinha como lema “Quem matar Neto em Catete não passa” dançando com o pano amarrado na cintura, diz a fonte que foi um dos perseguidores de Níto Alves, por raiva incubada porque quando Níto ostentava o cargo de Ministro da Administração Interna, o destituiu do cargo de presidente da Câmara municipal de Luanda, numa assembleia de trabalhadores.

Mendes de Carvalho que nunca foi militar, andava trajado de vestes camuflado militar, com cinturão e pistola, foi de carro blindado prender seu sobrinho (filho da irmã), Caeiro Fortunato na altura seu vizinho. Este jovem desapareceu até a data presente, e Uanhenga Xito foi elogiado pelas execuções feitas por sua iniciativa no discurso de 01 de Agosto de 1977, por Iko Carreira, então Ministro da Defesa.

“E como recompensa foi agraciado com os cargos de Governador de Luanda, Ministro da Saúde, Secretário do Comité Central do MPLA, deputado, embaixador na RDA e Polónia. Tudo isso, só com a 4ª Classe de escolaridade. E foi igualmente membro da Comissão de lágrimas composta maioritariamente por mulatos e apenas três negros e extorquia depoimentos, na altura de decisão para ser ou não fuzilados fingia que estava a dormir”.

António dos Santos França “Ndalu” foi membro Bureau Político e do Comité Central do MPLA, do Conselho de Revolução e Comandante da 9º Brigada das FAPLA.

Ndalu, aquando dos acontecimentos do 27 de Maio de 1977, ordenou a detenção e fuzilamento de todos os militares daquela unidade que se encontravam fora do quartel.

Mas, no entanto, quando se apercebeu da prisão do Comandante Roberto Leal Monteiro “Ngongo” (então ministro do Interior) foi a prisão solta-lo, salvando-o da carnificina que se seguiu a todos membros que faziam parte da 9ª Brigada. Este acto, demonstrou a solidariedade entre os mulatos, pois que, deixou os outros a mercê da morte, tal solidariedade não se verificou entre os negros.


De acordo com os documentos, Carlos Alberto Van-dú-nem “Beto”, activista político do MPLA, foi com Uanhanga Xitu, Pacavira e Bernardo de Sousa, os responsáveis do DOM Regional, em contraposição chefiado por grupo de Níto Alves. Estes quatros responsáveis foram os artífices da caça aos ditos fraccionistas nos bairros de Luanda e nas restantes províncias que aderiram a manifestação.

“Bento Van-Dúnem, segundo as suas palavras pretendiam exterminar todos negros que tivessem o nível escolar acima da 4ª Classe, participou nas buscas, capturas, ordenou e assistiu o fuzilamento de alguns”.

Agraciado com o cargo de Ministro do Comercio Interno, importou propositadamente um vinho (Kissuku) com doses elevadas de ferro e chumbo, que consumido embriagava o utente e uma vez adormecido nunca mais acordava “morria”.

Cristiano André, na altura membro do Conselho da Revolução e Presidente do Tribunal Popular Revolucionário.

De acordo com a fonte, foi o responsável máximo deste fictício órgão judicial que fingia julgar os fraccionistas, sem processo, nem defesa, ou contraditório para depois serem condenados a morte e entregues aos pelotões de fuzilamento criados para efeitos.

Diósgenes Boa Vida, na altura membro do Conselho da Revolução e Ministro da Justiça. Elemento fundamental na farsa processual contra os nitistas, trabalhava em estreita colaboração com os Tribunais Populares Revolucionário e Militar, fez parte da comissão de lágrimas e assistiu vários fuzilamentos de indivíduos, como testemunha jurídico do governo.

De acordo com o livro da Fundação 27 de Maio, consta que dos falsos julgamentos, dos processos de elementos condenados a morte tinham por último a sua assinatura, diz acrescentando que Deógenes Boavida, depois de deixar o parlamento, foi atacado por uma doença, tendo falecido em Portugal abandonado pelos seus companheiros.


José Maria, capitão das FAPLA, No decorrer da manifestação do 27 de Maio de 1977, na companhia do Onambwe e de oficiais cubanos, dispersaram os manifestantes que se encontravam de frente a TPA e RNA, num acto que se estima terem morrido, só naquele momento mais de 500 pessoas entre homens, mulheres, crianças, adolescentes, mulheres grávidas e velhos.

“Esteve presente em todas as sessões de torturas e matanças”

Fidel Castro, presidente do partido Comunista em Cuba, do conselho do Estado e Comandante-em-chefe das FARC (Forças Armadas Revolucionárias de Cuba).

Sob o lema “Defender Neto é defender a revolução angolana”. Consta que depois dos manifestantes terem, sob o seu controlo a RNA e a TPA, Agostinho Neto aflito, refugiou-se num submarino Suvietico a costa nas águas angolanas, tendo daí telefondo para Fidel Castro, pedindo socorro imediato, depois de lhe informar o que estava a acontecer, diz o livro que Cuba e Fidel Castro tinham em Angola vários destacamentos militares que perfaziam cerca de mil homens, espalhados de Cabinda ao Cunene.

Em Luanda onde se encontrava a unidade de elite, seu comandante recebeu ordens directas de seu chefe Fidel para sair em defesa de Neto reprimindo os manifestantes.

Foi assim que alguns oficiais cubanos, acompanhados por major Kamu de Almeida, major Delfim de Castro, Capitão José Maria e outros, em carros blindados, irromperam contra os manifestantes que se encontravam juntos das já citadas instalações, abrindo fogo com as metralhadoras fixas nos blindades, pelo que neste acto morreram mais de 500 pessoas.

Com a participação directa de cuba na matança de angolanos imiscui-se nos assuntos internos de angolanos para angolanos, na capa de internacionalismo proletário, ou seja, ajuda desinteressada, diz o livro acrescentando que essa força ajuda, custou aos cofres do Estado angolano (do povo que ele próprio matou), mais de cinco bilhões de dólares.


Julião Mateus Paulo “Dino matross”, na altura, membro do BP e do Comité Central do MPLA, do Conselho da Revolução, Comandante e membro da Direcção Política Nacional das FAPLA, diz o documento.

Participou activamente na perseguição, captura, torturas e fuzilamentos. Após extinção da DISA, criou-se o Ministério da Segurança do Estado (MINSE) onde foi ministro deste órgão.

Como recompensa, foi governador de Benguela e posteriormente Secretário-geral do MPLA, que nesta qualidade recebeu da Fundação 27 de Maio várias cartas que não tiveram qualquer resposta. Continua cúmplice, afirma a brochura.

Dino Matross, diz o livro, era visto diariamente no Ministério da Defesa com arma banduleira, como de caçador se tratasse, assim como a pistola na “bunda” como de cowboy se tratasse.

Rodrigues João Lopes “Ludi Kissassunda”, Director da DISA (polícia política do MPLA -Estado), membro do Bureau Político e do Comité Central do MPLA e membro do Conselho da Revolução.

Como chefe da secreta teve como missão prender, extorquir informações, executar e mandar executar os presos, pressionando muitas vezes pelos seus companheiros mulatos, com destaque para o Onambbwe, seu adjunto;

Aquando da extinção da DISA, foi afastado de todos os cargos e recuperado por JES para governador das províncias de Malanje e Zaire. Este assassino impiedoso, diz o documento que hoje sofre de amnésia e vive em cadeira de rodas, extraia os testículos das vítimas e introduzia corpos estranhos nos órgãos genitais das senhoras.

Manuel Miguel de Carvalho “Wadijimbi”, tenente das FAPLA.

Em Malanje, na companhia dos seus concunhados, Miguel Félix Camaketo e Kambrukussu, e dos cunhados Tony e Manuel Marta, enlutaram várias famílias naquela província, com maior realce a inteligência malanjina.





Consta e pesa sobre ele, diz o livro que o fuzilamento de muitos jovens da JMPLA num dos pavilhões de basquetebol que haviam se manifestado em solidariedade dos acontecimentos em Luanda. Alguns jovens só não foram executados por ele, graças a intervenção de Afonso Van-Dúnem “Binda” que se encontrava em serviço naquela província.

Virgílio de Fontes Pereira “Gigi” na altura membro da JMPLA, em comprimento directivas de Agostinho Neto, que consistia em denunciar, prender e matar os nitistas, denunciou a DISA seus irmãos Panquê e Nela Fontes Pereira (amiga de Níto Alves), que levados nunca mais foram vistos.

Consta que Manuela F. Pereira, teria sido salva, caso aceitasse envolver-se sexualmente com alguns chefes da DISA, que alegavam ser (ela) amante de Níto Alves, diz a fonte.

 Panquê deixou um filho que gigi, como tio, nunca o apoiou, no crescimento, educação, trabalho entre outros, muito embora hoje faça parte da lista dos milionários de Angola.

Adelino Marques de Carvalho, capitão “Muxanvua” na altura coordenador da JMPLA no bairro Golfe, fez parte da distribuição do “Livro Vermelho” de Níto Alves (13 Teses em minha defesa), que levou o fuzilamento de centenas de jovens que tivessem conhecimento da existência ou lido o referido livro, isso como partidário de Níto Alves.

 Na reviravolta, muda-se para o lado triunfante e passa a destratar ex-companheiros, tendo neste acto denunciado dois jovens que ele considerava os mais perigosos para a sua vida, entregues a DISA e foram fuzilados. Como jornalista trabalhou na Rádio Nacional de Angola, foi Director do Jornal de Angola, deputado da primeira legislatura, que em conjunto com outros jornalistas, Alexandre Gourgel e André Passy já falecidos, faziam a tripla que combatiam no parlamento a ala savimbista.

Denunciado por Silva Mateus sobre o desaparecimento dos dois jovens referidos, ameaçou processar o intrépido General Dituba, que em contra ameaça aconselhou-o a levar o assunto aos órgãos de justiça o que tem esperado até hoje, diz a fonte.


Kundi Pahaima, na altura activista político do MPLA. Integrou vários órgãos do partido Estado, membro do Bureau Político e do Comité Central, Comissário Provincial do Kunene, Ministro da Segurança do Estado, governador de Luanda por acumulação, General das FAA, Ministro da Defesa Nacional, Ministro dos Antigos Combatentes e veteranos de Guerra, tudo isso como recompensa da sua na repreensão contra os fraccionistas.

De acordo com a fonte, Bornito de Sousa, era tenente das FAPLA e membro da JMPLA. Fazia ainda parte da Contra Inteligência Militar (CIM), é nestas qualidades que se solidarizou-se com os outros matadores na identificação, perseguição e captura de supostos manifestantes.

Segundo o documento, consta que coordenou pessoalmente o grupo de militares que foram capturar o lendário guerrilheiro inter-urbano “Sabata”, cujo destino, como se sabe, foi fuzilado e seu corpo atirado na vala comum do Cemitério da Mulemba “14” em Luanda.

Viveu de costas viradas com o seu pai biólogo por este ter sido membro influente da FNLA que nos últimos tempos da sua vida, sobreviveu estendendo às mãos aos seus ex-alunos socialmente bem posicionados.

Fernando Faustino Muteka, activista político do MPLA e membro da DISA.

Como Ovimbundu, foi o maior carrasco dos bienos e huambuenses e não só durante a ressaca do 27 de Maio de 1977, portanto não admitia que os mesmos quisessem matar A. Neto.

O documento diz ainda que Muteka, participou activamente na ala nitista divulgando as treze “13 teses” e na revira volta, eliminou todos que conheciam da sua participação no nitismo.

Norberto dos Santos “Kwata Kanawa” trabalhou com Luciu Lara que o projectou politicamente após 27 de Maio, colocando-o no recém criado órgão DORGAM (Departamento de Organização de Massas), que em conjunto com outros jovens, enveredaram na caça ao homem fraccionistas, motivo pelo qual foi ascendendo aos lugares cimeiros da sua estrutura do partido e é membro do BP e do Comité Central do MPLA e tantos outros cargos que foi assumindo como recompensa do trabalho
realizado na repreensão dos nitistas.

Bento Joaquim Sebastião Bento, membro destacado da JMPLA na altura, que no combate ao fraccionismo denunciou dois dos seus amigos e companheiros que desapareceram até hoje, com receio de que um deles pudesse denuncia-lo Pois, Bento Bento nutria simpatias veladas a Níto Alves, motivo do seu receio em relação aos seus companheiros.

Denunciado pela Fundação 27 de Maio, disse que iria processar o seu Presidente Silva Mateus, caso não pedisse desculpas, diz o documento.

Por outro lado Silva Mateus, não só reafirmou como aconselhou Bento Bento que se de facto se sentisse lesado por difamação e calunia, que encontrassem no tribunal.

João Ernesto dos Santos “Liberdade” foi membro do Comité Central do MPLA, do Conselho da Revolução, do Estado Maior das FAPLA e comandante de coluna.

Logo a seguir do 27 de Maio, foi nomeado Comissário provincial da Lunda, que nesta qualidade mandou localizar, identificar e fuzilar todos da etnia kimbundu que se encontravam na província, que em resposta aos editoriais de Ndunduma e outros sobre a morte do Comandante Dangereux seu contemporâneo do Moxico.

José Luandino Vieira, como jornalista e escritor, atém de fazer parte da comissão das lágrimas, redigia escritos publicados nos órgãos de comunicação social que instigavam o ódio racial contra os negros sob o pretexto de que os nitistas pretendiam matar todos mulatos e brancos.

João Maria de Sousa e Rui Ferreira, ambos na altura capitães das FAPLA, em comissão de serviço na província de Benguela, entusiasmados pela propaganda de incitamento à violência contra os fraccionistas, para agradar as chefias, enveredaram também na caça aos ditos golpistas que segundo se dizia pretendiam matar Agostinho Neto.

Nesta senda foram os executores da família Rasgado, de Ngungu Arão, então Comissário Provincial de Benguela, dentre outras famílias.


Hélder M. Vieira Dias “Kopelipa”, jovem das FAPLA, recebia “ordens superiores” para orientar e certificar “in loco” o fuzilamento de alguns autóctones indicados pelos seus superiores. Assim, o general contribuiu literalmente para o genocídio que assombrou nestas datas as famílias angolanas.

Saiba mais sobre este assunto, clicando neste link https://youtu.be/5PBCX5jU6d0

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