Na semana passada a ministra Lutucuta foi peremptória em reconhecer que “devemos respeitar a covid-19.” Em seguida o secretário Mufinda deu a conhecer esta semana será decisiva porque se vai alargar a base de testagem e “ninguém sabe o que aí vem.” A prova duma, eventual, semana record é os 8 casos positivos comunicados ontem, domingo. Sinal evidente da cautela que devemos ter. Creio que a equipa interministerial comunica com verdade ao PR o real estado do país e a probabilidade dos níveis a atingirmos. Então qual é a razão da pressa em nos reabrirmos? Ter data de regresso às aulas? Quando nem testes em massa se fez…
Reitero, devemos reabrir as demais instituições apenas quando se proceder testes em massa, principalmente aqui em Luanda. A ideia de reabrir as escolas, nem sei quem sugeriu, demonstra desconhecimento da realidade destas instituições no nosso país, principalmente públicas, onde não há água corrente (nesta altura fundamental), as turmas são superlotadas devido a insuficiência de salas, inclusive existe quem senta em latas. Ainda ontem uma facekamba professora disse ter 60 estudantes e apenas 30 carteiras. Neste caso, como cumprir os dois metros de distância? Ou uns tantos ficarão em casa?! A verdade absoluta é que não estamos em condições de reabrir, se a França, já que gostamos de comparações megalomaníacas, um país do primeiro mundo, na semana que reabriu registou 70 infecções só nas escolas, o que será de nós (quando não sabemos o estado da maioria, ainda mais em pleno cacimbo)?
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