Falando no programa “Angola Fala Só” Poaty disse que em Angola apesar das mudanças trazidas com o presidente João Lourenço o país continua a ser mal governado.
“O povo não tem emprego, não tem medicamentos, a maioria do povo, principalmente os jovens, andam pelas ruas a vender”, disse.
“Boa governação não há”, acrescentou afirmando ainda que “o combate à corrupção significa que não há boa governação”.
Charlebois Poaty disse que deu no entanto apoio às medidas do governo de combate à epidemia do coronavírus.
“Isso são medidas que o povo tem que acatar”, afirmou avisando que “a população dos suburbios das cidades não as cumpre”.
Nessas zonas, disse, “há bebida, kizomba, jogo de cartas, vinho, cerveja mulheres, sexo e música”.
“O governo deve colocar forças de segurança nas zonas suburbanas porque se a doença matar muitas pessoas o peso da consciência vai cair no governo e no presidente João Lourenço”, disse o cantor e “espiritualista” para quem “felizmente o presidente está a lutar para o povo cumpri”.
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Interrogado sobre o ex-presidente José Eduardo dos Santos o cantor disse que “há que respeitar os mais velhos e os sobas”.
“Eduardo dos Santos é um soba,” disse.
“Eu sei que como ser humano ele falhou do lado da economia e a sua equipa desviou dinheiro”, acrescentou para afirmar ainda que “coitado, o Zédu não sabia”.
Interrogado sobre o facto de dos Santos manter o silêncio não fazendo declarações públicas sobre as acusações contra si e a sua família, Charlebois Poaty respondeu:
“O presidente Eduardo dos Santos vai falar o quê se os seus colegas o estão a humilhar e não reconhecem o que ele fez por Angola” .
Para o cantor, o antigo presidente deixou um legado como as centralidades e outras infraestruturas “mas de João Lourenço ainda não vimos talvez porque esteja há pouco tempo no governo”.
Para o autodenominado “médico espiritualista” João Lourenço deveria ter mantido negociações secretas com as pessoas que “roubaram dinheiro de Angola” exortando-as a devolverem parte desse dinheiro e só depois disso é que se iniciariam processo juridicos.
Charlebois Poaty negou enfaticamete ser “congolês” como alegado por um internauta.
“Não se pode julgar a origem de um angolano pelo seu sotaque”, disse em referência ao seu forte sotaque francês.
Ele disse ter nascido na fronteira de Cabinda e defendeu o diálogo para se discutir o futuro de Cabinda, embora ele considere -se angolano, e ser apenas “uma franja da população que quer a independência”.
“Se Cabinda é Angola, então eu sou angolano”, disse.
Ao longo do diálogo Charlebois Poaty disse ter grandes poderes espirituais e disse que foi ele quem levou Angola ao mundial de 2006 graças à vitória sobre o Ruanda nos jogos de qualificação.
“A vitória sobre o Ruanda foi graças a uma grande macumba e feitiço”, disse.
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