A vida difícil de conviver com o vírus da SIDA no nosso país e a discriminação que ainda per-
dura levaram a que três mulheres ficassem com um semblante triste. As, agora, amigas, companheiras, colegas e irmãs, como carinhosamente se tratam, deci- diram contar a sua história, des- de que descobriram que são por- tadoras do VIH /SIDA.
A jovem G. M., de 42 anos, mãe de dois filhos, portadora do VIH desde 2006, conta que des- de que descobriu que tem a pato- logia passou a ser acompanhada no Hospital Esperança, mas sem o conhecimento da família. En- quanto grávida, fez todas as con- sultas recomendáveis para o seu estado de saúde e os filhos nasce- ram sem a patologia.
Em 2013 foi-lhe diagnosticada tuberculose e, em função da evolução da doença, sentiu a necessidade de falar do seu estado de saúde aos seus progenitores. A notícia foi um choque para todos os membros da família, uns aceitaram e apoiaram, outros não.
Os pais de G. M., dos quais ela mais precisava apoio, rejeitaram conviver com ela no mesmo tec- to e/ou no mesmo quintal. Com o agravante de os pais destruírem a residência em que ela habitava com dois filhos, de quatro e cinco anos, de um quarto e sala.
Com lágrimas nos olhos ,a nossa entrevistada conta que, desesperada, recorreu ao orfanato.
Não há Órfãos de Deus”, onde já habitavam a sua filha e um neto. Observando a pouca capacidade para albergar o número de crianças que lá vivem, a responsável do orfanato viu-se na obrigação de alugar um quarto nas proximidades onde colocou G. M. e mais uma mãe soropositiva que também não tem casa.
Para a sua sobrevivência, G. M. anteriormente dependia regularmente das doações vindas da associação da AJAPRAZ, mas desde o ano passado deixou de receber cestas básicas desta instituição, passando a depender ape- nas da alimentação vinda do orfanato no intervalo de 15 em 15 dias.
Actualmente, G. M. clama por um espaço onde morar com os dois menores, tendo em conta que as crianças estão no orfanato e ela reparte um quarto arrendado igualmente pelo orfanato.
família muda de posicionamento depois da morte do marido
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A companheira de quarto, colega, amiga e irmã, como carinhosamente se trtam uma a ou- tra, por estarem infectadas com o mesmo vírus, D. D., de 38 anos, mãe de um filho e viúva, tem o vírus há mais de 15 anos. Conta que inicialmente a sua família aceitou a sua situação e passou a conviver com a mesma sem qualquer obstáculo.
Mas o quadro alterou-se quando o seu parceiro morreu de SIDA. Passou a sofrer discrimina- ção e a mãe a expulsou de casa, obrigando-a a interromper o ano lectivo do filho de nove anos.
Mas o quadro alterou-se quando o seu parceiro morreu de SIDA. Passou a sofrer discriminação e a mãe a expulsou de casa, obrigan- do-a a interrom- per o ano lectivo do filho de nove anos
JACINTO FIGUEIrEDO
V.I., seropositiva, mãe de cinco filhos (um deles também VIH positivo) e “viúva da SIDA”, perdeu o emprego e agora vive nestas condições, conseguidas com a ajuda do pastor da sua igreja.
pedir auxílio ao pai biológico do menino, que já tinha outra relação, viveu lá por pouco tempo, até ser convidada a abandonar a residência.
Passou então a viver em igrejas, casas de amigas e recentemente viu-se obrigada a colocar o filho no orfanato, onde também pediu um espaço para dormir, “o centro de acolhimento também não tem espaço e, de momento, estou a repartir um quarto com outra colega que também tem duas crianças no orfanato”, frisou.
D. D. também sonha ter um espaço para morar, nem que seja um quartinho, com sala e casa de banho, onde possa enfrentar as dificuldades. Quanto a alimentação, depende das cestas básicas que a ANASO tem dado, e a medicação tem levantado no Hospital Esperança, sem constrangimentos. A única dificuldade está em ter “dinheiro do táxi” para chegar ao local.
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https://youtu.be/jukw1spRoAQ
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