1• de Agosto, Petro de Luanda e outros clubes angolanos que depende do estado, estão com futuro incerto depois do Covid-19

O futuro das economias de-pendentes do petróleo é decidido hoje na cidade de Azerbaijão. A CEA (Câmera de Energia Africana) e OPEP (Organização de Países Produtores de Petróleo) reúnem-se para adoptar a estratégia face à persistência da pandemia Covid-19. Angola aguarda com ansiedade a resolução por ter fortes motivos: o futuro do país.

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Salários chorudos de atletas de topo das equipas de futebol vão sofrer cortes substanciais

O confinamento das pessoas decretado a 27 de Março último paralisa a maioria das actividades económicas e todas as desportivas. Os treinadores, atletas e dirigentes estão em isolamento social. No outro lado, as empresas patrocinadoras de clubes lutam pela sobrevivência. O medo da doença imobiliza a economia. O futuro mostra-se preocupante.
A permanência da crise vai obrigar o encerramento das empresas e provocar o aumento de desempregados. O desporto é um segmento que não escapa da “sentença” da Covid-19. Os patrocinadores das equipas Sagrada Esperança, Petro de Luanda, 1º de Agosto, Interclube e Desportivo da Huíla, só para citar as de futebol, vão “gritar” nos próximos dias. O Estado veio a público dizer que dispõe de reservas financeiras para sustentar a função pública até oito meses.
Os cinco clubes dependem do Estado para pagar os salários de atletas, treinadores e funcionários administrativos. É um “exército” de assalariados.
Os custos do Estado na luta contra a Covid-19 já rondam 4,5 mil milhões de kwanzas, valores que não constavam para essas despesas. O Estado pondera reavaliar o OGE de 2020 face à queda do preço do barril de petróleo no mercado internacional.
À semelhança de outros países africanos, a situação na economia petrolífera é difícil. Angola augura que o acordo de hoje em Azerbaidjão garanta a continuidade e a sobrevivência da indústria. Vários contratos de exploração e de perfuração estão cancelados. A guerra de preços do petróleo devasta o país.
O Petro de Luanda, 1º de Agosto, Sagrada Esperança, Interclube e Desportivo da Huíla têm motivos de criarem os comités de crises, se quiserem continuar a fazer o desporto. As prioridades do Estado angolano ganham novo paradigma.
A economia angolana não possui ligação directa com os mercados financeiros internacionais, mas está volátil ao preço do petróleo e apresenta um sistema económico menos flexível, cujos efeitos da crise mundial são devastadores.
O país não tem meios nem fontes para contornar a crise com os seus próprios recursos, através de empréstimos do-mésticos e mercado internacional de capital. A dívida pública está elevadíssima e próxima dos três dígitos. An-gola apresenta insuficiência de recursos de capital e de tecnologia. Por essa razão, a economia angolana está “exposta e é vulnerável no sistema financeiro mundial e os bancos nacionais não são fortes para ajudar a mitigar os efeitos da crise”.
O futuro das principais equipas do Girabola é incerto. Não há profilaxia. A Covid-19 está em campo e derrota qualquer adversário. A pandemia deixou de ser uma questão sanitária. É um problema político. As indústrias farmacêuticas são as grandes vencedoras dessa luta. A concorrência previsível não acontece todos os anos. A história registou uma peste em cada século desde o XIV com resultados devastadores para as economias.
A OMS calcula que uma pandemia moderada-grave custaria 570 mil milhões de dólares norte-americanos. O valor corresponde a 0,7 por cento da riqueza do planeta, segundo José Luís Blasco, sócio da KPMG a cargo de Governança, Risco e Compliance. Uma epidemia de extrema gravidade, semelhante à peste negra, a maior praga da história que enterrou 200 milhões de pessoas no século XIV, cortaria 5 porcento do PIB mundial, ou seja, 4 triliões de dólares norte-americanos.
Entre os remédios baratos para acudir a população angolana e a promoção da prática do desporto, o Estado angolano vai adoptar a primeira opção. O desporto é praticado por pessoas saudáveis.
A título de exemplo, a epidemia de cólera no Haiti contabilizou nove mil mortos. A erradicação custou dois mil milhões de dólares e muito sofrimento. É a constatação das economias frágeis. Angola, hoje, consta dos países de baixa renda e está vulnerável a epidemias. A capacidade de mobilização de recursos para combater a Covid-19 é fraca.
A gravidade da situação económica do país impõe aos agentes do desporto nacional a adopção de uma postura diferenciada.
Os encargos financeiros do Estado podem crescer em Junho, período de pico da doença, segundo a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta..
Diante da previsão, a sustentação das despesas dos clubes desportivos, relacionada com os salários de jogadores, está em perigo.
Petro de Luanda e 1º de Agosto dispõem de orçamentos chorudos. Há atletas com salários avaliados em três e cinco milhões de kwanzas mensais. Com a revisão do OGE, os orçamentos dos patrocinadores vão sofrer alterações drásticas, o que vai comprometer o cumprimento dos contratos.

Saiba mais sobre este assunto, clicando neste link https://youtu.be/7a5w5NQrjpw

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