Sindika Dokolo diz que foi JES que começou o combate à corrupção em Angola

Foi o ex presidente José Eduardo dos Santos quem iniciou o combate á corrupção em Angola ao impedir Manuel Vicente de o suceder em Angola, disse Sindika Dokolo empresário congolês e marido de Isabel dos Santos filha do ex chefe de estado.

Sindika Dokolo respondia a uma pergunta da Voz da América sobre a recente deslocação a Angola do presidente do Congo Democrático Felix Tshisekedi em que entre outros pontos analisou com o seu homólogo angolano a decisão de um tribunal angolano congelar as propriedades de Dokolo e de Isabel dos Santos em Angola por alegada falta de pagamento de dividas.

Isto foi confirmado pelo ministro dos negócios estrangeiros angolano que afirmou que Tshisekedi e Lourenço tinham analisado “as consequências da decisão do Tribunal Provincial de Luanda”.

“Não penso que isso tenha sido a questão do congelamento dos bens”, disse contudo o empresário congolês.

“Penso que a atitude do presidente Lourenço para com seu predecessor está a chocar muitos dos seus colegas presidentes porque ao fim e ao cabo a luta contra a corrupção não começou com João Lourenço”, disse Dokolo para quem esse combate “começou no momento em 2015 em que o presidente dos Santos decidiu que o Senhor Manuel Vicente não seria o candidato do partido devido à má administração e corrupção que ocorreu sob a sua administração na Sonangol”.

Manuel Vicente foi durante vários anos vice presidente de Angola e teve um mandado de captura emitido em Portugal por alegado envolvimento no suborno de entidades poruguesas para encombrirem actividades financeiras ilegais.

O governo angolano recusou-se a extraditar Manuel Vicente mas prometeu que este poderia ser julgado em Angola onde goza contudo de imunidade parlamentar.

Dokolo disse que a decisão do governo de retirar a figura de José Eduardo dos Santos da moeda angolana é tentar eliminar parte da história do pais e um sinal de falta de objectividade e respeito das actuais autoridades.

“Nós somos africanos somos bantus e há certas coisas que devem ser feitas de um certo modo”, disse Sindika Dokolo que acrecentou que embora não tivesse a certeza absoluta sobre o que Tshisekedi discutiu com João Lourenço não foi uma interferência em Angola mas “simplesmente para pedir se não é possivel fazer as coisas com um pouco mais de dignidade e respeito e não dar um espectaculo e tentar humilhar pessoas”.

“O presidente dos Santos não é apenas alguém para Angola, ele é como um pai e um símbolo para muitas pessoas em África”, disse o genro do antigo presidente para quem a atitude do actual governo angolano “é muito negativa para África”.´

“É inegável que era muito popular e penso que ainda é”, disse Dokolo para quem “não foram demais” as décadas de poder de Eduardo dos Santos.

“Penso que ele concordou em abandonar o poder na altura certa pois ele queria dar um precedente democrático ao afirmar que alguem mais jovem deveria ocupar o lugar e fazer face á situação como a apalavra de ordem do partido para as eleições melhorar o que está bem e e mudar o que está mal”, disse o empresário.

“Infelizmente o que se está a fazer é o oposto que está a piorar tudo para os angolanos”, disse o empresário para quem as politicas do Fundo Monetário Internacional e “confiscar tudo de pessoas que não vieram com o novo presidente é muito improdutivo e muito destrutivo”. VOA

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