Isabel dos Santos merece respeito e deve ser bem tratada, foi ela quem salvou há economia de Portugal, diz Antonio Moita jornalista Portugues


Que se saiba Isabel dos Santos não cometeu nenhum crime em Portugal. Investiu em empresas nacionais e contribuiu para o sucesso de projetos e para a criação e manutenção de muitos postos de trabalho. Deve por isso ser tratada com o respeito devido a qualquer investidor estrangeiro.
Transformar heróis em vilões é tarefa a que a comunicação social e os comentadores se dedicam com um gosto especial. Aqueles que ontem eram endeusados são demonizados hoje exatamente pelas mesmas pessoas. Temos o caso recente da filha do antigo Presidente angolano José Eduardo dos Santos. Para registo de interesses cumpre-me informar que a relação mais próxima que tenho com Isabel dos Santos resulta do facto de eu próprio ser cliente da Nos. Convenhamos que a proximidade não é muito grande. E por aqui não tenho nenhuma crítica especial a apontar. São do conhecimento público outras participações relevantes em empresas portuguesas em setores tão importantes como a banca, as telecomunicações ou a indústria. Tanto quanto é possível saber, ao longo dos últimos anos nunca foram suscitadas dúvidas pelas entidades competentes quanto à proveniência do dinheiro investido ou quanto à legalidade das operações.

Para quem se procura informar sobre o que de mais relevante vai ocorrendo na vida económica nacional, não é possível esquecer os elogios repetidos e as vantagens que todos reconheciam na entrada de investimento estrangeiro em Portugal fosse ele chinês, brasileiro ou angolano. Neste último caso, e durante muito tempo, era bem notada a ansiedade com que muitos setores, desde logo alguns bancos, encaravam a chegada de investidores daquelas paragens com especial destaque para Isabel dos Santos. Onde ela entrasse, o caminho da salvação estava encontrado.

Muitos jornalistas e a maior parte dos comentadores, usassem laço ou gravata, estiveram na primeira linha da defesa da presença de Isabel dos Santos em Portugal destacando até a sua carreira académica e profissional de sucesso e a autonomia que mantinha face ao seu pai. Uma coisa era o Estado angolano; outra, bem diferente, seriam os investimentos e a capacidade de gestão desta grande empresária angolana. E atrás disto foram vários presidentes. Da república, de câmaras municipais, de grandes empresas, de associações empresariais, primeiros-ministros e titulares de muitas pastas em diversos governos, atravessando transversalmente quase toda a sociedade portuguesa. As pressões para integrar comitivas oficiais eram normais e os "facilitadores" de negócios com a nomenclatura angolana eram muito procurados.

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades", cantava José Mário Branco com toda a propriedade.  Agora parece que todos sabiam que a origem do dinheiro não era recomendável, que os abusos de poder em Angola eram recorrentes e intoleráveis, que Isabel dos Santos funcionava como "testa de ferro" da família e tantas outras patifarias sem fim. E os principais comentadores conseguem falar nisto sem pudor. Falta de memória e de vergonha.

Dizem que o dinheiro não tem cor e que os negócios não têm ética. Mas é bom que se entenda que conhecer a origem dos fundos e ética empresarial são condições fundamentais para garantir a solidez e a perenidade de uma atividade económica. Ultrapassar etapas com recurso a expedientes obscuros tem sempre um preço elevado. Mais cedo ou mais tarde.

Que se saiba Isabel dos Santos não cometeu nenhum crime em Portugal. Investiu em empresas nacionais e contribuiu para o sucesso de projetos e para a criação e manutenção de muitos postos de trabalho. Deve por isso ser tratada com o respeito devido a qualquer investidor estrangeiro. E não esqueçamos, como dizia o refrão da canção já citada, que "se todo o mundo é composto de mudança, troquemos-lhe as voltas que ainda o dia é uma criança".

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