Isabel dos Santos deixa de ser dona da UNITEL e do BFA

A Unitel e o Banco de Fomento Angola (BFA) deverão passar para as mãos da Sonangol antes do fim deste mês, avança hoje o semanário Expresso.

Com esta operação, João Lourenço, que vai travar uma batalha judicial com Isabel dos Santos, desfere o primeiro golpe de misericórdia à filha do seu antecessor após os bens e contas bancárias desta terem sido arrestadas em finais do ano passado em Angola.

Na maior operadora de telefonia móvel do país, o negócio da venda da participação da Oi à Sonangol está fechado, comprometendo-se a petrolífera estatal angolana a pagar 1.404 milhões de dólares reclamados pelos brasileiros. Desse montante, 750 milhões de dólares resultam dos dividendos que a Unitel mantém em dívida para com a Oi e os restantes 654 milhões de dólares decorrem de uma multa imposta à operadora angolana pelo Tribunal Arbitral de Paris por interposição do processo judicial accionado pelos brasileiros.

A operação de compra da Oi, segundo apurou o Expresso, será suportada em grande parte através do financiamento de um sindicato de bancos liderados pelo Charter Bank de Londres. Para cobrir a outra parte, a Sonangol recorrerá aos dividendos que, através da MLS Telecom, recebeu na Unitel ao longo de anos e que, até 2018, totalizam 1.300 milhões de dólares.

Apesar de permanecer com 25% de participação na Unitel, com o arresto imposto pelo Tribunal Provincial de Luanda, Isabel dos Santos ficará de mãos atadas, deixando de ter influência na gestão da empresa. “Perde o controlo da sua galinha de ovos de ouro”, reconhece um accionista da Vidatel. E, no futuro, a posição do Estado tenderá a sair reforçada com a introdução da figura da golden share no ordenamento jurídico-económico de Angola.

Isabel dos Santos deverá sofrer outra machadada ao ver consumado no BFA o afastamento de Mário Silva, seu principal gestor, do cargo de presidente do conselho de administração e a eleição de novos órgãos sociais sob proposta da Sonangol. Como consequência do arresto, a PwC, que fazia auditoria à maior parte das empresas de Isabel dos Santos, decidiu também pôr fim à sua ligação ao BFA.

De entrada para presidente da Comissão Executiva, indicado pela Sonangol, está o português António Catana, até agora director financeiro e internacional. Osvaldo Macaia, administrador da Sonangol, irá ser responsável pela área jurídica, e a petrolífera deverá indicar ainda os demais administradores não executivos.

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