A constatação foi feita por um jurista angolano residente em Portugal e especialista em crimes económicos.
Vários governantes e servidores públicos do escalão intermédio ficarão impunes, mesmo depois de terem defraudado o Estado em milhões e milhões de dólares, estimando-se que pelo menos USD 90.000 milhões estejam a “repousar” em bancos portugueses.
Em declarações ao Correio Angolense admitiu que várias figuras da administração pública sairão incólumes do processo de combate à corrupção por falta de quadros qualificados na Procuradoria Geral da República (PGR) que dominem efectivamente o que são crimes económicos.
Sustentou a sua posição dando o exemplo do caso do antigo ministro dos Transportes, Augusto Tomás que, segundo ele, foi julgado por crimes menores. “Acredito que os funcionários da PGR indigitados para o efeito queiram mostrar trabalho. Mas essa vontade esbarra nas limitações de muitos dos seus investigadores que não estão familiarizados com a especificidade dos crimes económicos”, disse o jurista que pediu para não ser identificado.
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“Sabendo nós como funcionou o país durante o mandato de José Eduardo dos Santos, se a investigação fosse mais profunda, seguramente que a pena do antigo ministro seria bem mais pesada. Há muitas pontas soltas que podiam interligar-se e revelar crimes bem mais graves que o caso do que o CNC”, garantiu, antes de ressalvar que “não há má vontade da PGR. O problema é mesmo despreparo e falta de qualificação de muitos dos oficiais indicados para investigar casos de corrupção”.
O nosso interlocutor sublinhou que este é um problema transversal à generalidade dos casos de corrupção investigados na PGR. “Na maior parte dos casos estão a investigar apenas um ou dois crimes, geralmente os menos gravosos, quando, na verdade, há pessoas atoladas em crimes gravíssimos”.
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