Cidadão exige indenização milionária, porque ex governadora de Luanda demoliu sua casa e ofereceu terreno para Zenu dos Santos

Um cidadão nacional Rosário Neto decidiu avançar com uma ação judicial contra Francisca de Fátima do Espírito Santo Carvalho, por esta ao tempo de governadora provincial de Luanda ter ordenado a demolição da sua obra e cedido o seu terreno para favorecer interesses empresariais de José Filomeno dos Santos. Rosário Neto levou o assunto a justiça e o Tribunal em Angola deu-lhe razão atestando que ele é o verdadeiro dono do espaço. O cidadão agora exige justiça pretende abrir uma ação contra a antiga governadora pelos danos causados.

Favoreceu terreno alheio a Zenu dos Santos

O terreno de Rosário Neto situa-se na rua Gamal Abdel Nasser, mas precisamente na chamada floresta do Kinaxixi, Luanda, com a dimensão de 40m x 21 m. Foi cedido em Março de 2003 pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal tutelado pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural para efeito de construção de uma moradia.

Em Janeiro de 2009, Rosário Neto deu inicio a construção de uma residência de dois pisos. Meses depois, isto é a 3 de Agosto daquele mesmo ano, o direção provincial dos serviços de fiscalização do GPL, chefiada por Januário Eduardo Agostinho embargou a obra alegando que estava a ser feita sem a devida licença. Neste mesmo dia foi feita a apreensão de alguns materiais de construção utilizados para a pratica da infração. Por conseguinte, o GPL deu-lhe 30 dias para apagar uma multa – por transgressão administrativa - equivalente na altura em 25 mil dólares.

No dia 11 de Agosto, Rosário Neto recorreu a governadora Francisca do Espirito Santos, explicando por carta que estava ciente da transgressão “e como não poderia deixar de ser preparava-se para cumprir com a penalização, quando foi, logo no dia 7 de Agosto surpreendido com um mandado (com data de 5 de Agosto) ordenando a demolição das obras realizadas no prazo de 10 dias, sob pena de não o fazendo, a demolição ser executada pelo próprio GPL”

Rosaria Neto comprometeu se na sua carta que estaria a reunir condições para o pagamento da penalização aplicada pedindo que enquanto isso para que a sua obra não fosse alvo de demolição até a resolução da questão da licença de construção. O mesmo recordou, por outro lado, a governadora que não percebia “o porque apenas com relação a sua obra a lei é aplicada, e logo de uma forma tao severa, sendo ordenada a demolição, para alem do embargo e do pagamento de multa, sem qualquer consideração pelo principio da igualdade entre os particulares face a administração”.

Certo dia foi convocado pela então governadora de Luanda, Francisca de Fátima do Espírito Santo Carvalho para se dirigir ao seu gabinete no GPL, e para seu espanto, Rosário Neto encontrou na sala dois empresários; José Filomeno de Sousa dos Santos e Jorge Gaudens Pontes Sebastião, o seu “testa de ferro”.


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Na reunião a governadora comunicou-lhe que o terreno iria ficar com José Filomeno dos Santos para construção de uma obra destinada a valorização daquela zona.

Inconformado, Rosário Neto levou o caso a tribunal que deu a abertura do processo 73/2014. Um ano depois, depois de varias batalhas jurídicas, um acórdão do Tribunal Supremo, datado de 24 de Março de 2015, deu lhe razão e reconheceu lhe como verdadeiro dono do terreno.

Sobre o argumento de falta de licencia que levou o GPL a embargar a sua obra, e a subsequente ordem de demolição, o acórdão que o Club-K teve acesso, salienta que “a verdade é que todas as construções edificadas na zona foram feitas sem licença de construção e que as referidas obras também não estão licenciadas”.

O documento judicial explica que “existe há já alguns anos um conflito de competência entre o GPL e o Ministério da agricultura sobre quem exerce ou deve exercer a tutela sobre a floresta do Kinaxixi o que na pratica levou o GPL a situação de não emitir licenças de construção sobre aquela zona. Que a 
é que enquanto as entidades do estado conflituam-se os particulares tem estado a construir, esperando sempre que uma vez regularizada a questão da competência poderão ver as suas residências devidamente legalizadas. ”

Por fim, o acórdão manda “conceder provimento do recurso , revogando a decisão recorrida” e “deferir a pretensão cautelar e em, consequência, suspender a eficácia do acto praticado pelo director provincial dos serviços de fiscalização”.

Uma vez que o Tribunal deu-lhe, Rosário Neto pretende agora abrir uma ação judicial contra a antiga governadora de Luanda, Francisca do Espirito Santos pelos transtornos que lhe causou no atraso da sua obra e pela forma a chefe do executivo de Luanda esteve a proteger com que o seu espaço fosse confiscado a favor dos interesses de José Filomeno dos Santos e o “testa de ferro”, Jorge Pontes
Sebastião.

Saiba mais sobre este artigo, clicando neste link https://youtu.be/w0MiNE40YUY

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