Presidente do tribunal supremo, nomeia sua namorada como coordenadora da comissão da reforma judicial em Angola

Juiz do Supremo nomeia noiva para coordenar reforma judicial

O Presidente do Tribunal Supremo,  Joel Leonardo está a ser fortemente criticado em meios da magistratura em Angola por se ter  desviado do discurso apelativo e pedagógico  do Chefe de Estado,  João Manuel Gonçalves Lourenço  que a  quando da  tomada de posse do mesmo, sublinhou que o  juiz presidente do Tribunal Supremo, “não vai trabalhar sozinho, mas vai contar com os seus pares, com o vice-presidente, com o plenário e o Conselho Superior da Magistratura Judicial, com o poder político e com todos nós”.

Lourenço disse neste dia  esperar que o magistrado consiga colocar-se ao nível das expectativas que a sociedade criou, numa altura em que insistiu que “é preciso combater a corrupção”. Pediu que o novo líder do Tribunal Supremo cuide, também, do bom nome dos juízes e da Justiça, combatendo todos os comportamentos e atitudes que possam manchá-los.

De acordo com reparos feitos,   “as palavras sabias não terão chegado aos ouvidos do novo Presidente, pois este está a apegar numa agenda do seu antecessor Rui Ferreira e com este comportamento está a dar sinais de ser mais um polvo que ai se  instalou impondo  uma linha editorial encapotada que nasce quanto aos assuntos que deve ser trato em reuniões colegiais”.

Isto é na  passada  terça-feira (16),  realizou-se a reunião do Conselho Superior da Magistratura Judicial (CSMJ) para analisar propostas de nomeação da figura que iria dirigir a comissão da reforma judicial em Angola, porém sem  ter havido votação/concertação, o Juiz   Joel Leonardo surpreendeu aos presentes anunciando de viva voz  que “nos já decidimos que a Veneranda Teresa Marçal,  é a coordenadora da comissão da reforma da implementação da reforma judicial”.

A  indicação de Teresa Marçal  sem previa discussão  dos outros juízes provocou interrogações. Para uma fonte abalizada, “a  pergunta que se coloca é se decidiu com quem,  se a decisão estava em cima da mesa, em abordagem”.

Para justificar a referida indicação, o Juiz  Presidente do Supremo, Joel Leonardo advertiu  que   “só  trabalharia com aquelas figuras  com quem tinha intimidade afectiva e que poderia telefonar-lhes até  altas horas da noite”.

Nascida no Lubango – por sinal sua conterrânea -  a Juíza Maria Teresa Marçal Baptista Borges foi no passado presidente do conselho Provincial de Luanda da Ordem dos Advogados e tendo a ficha preenchida com uma carreira ligado ao associativismo judicial.  A nível do CSMJ, é tida como da alta confiança do Presidente do Tribunal Supremo, Joel Leonardo razão juízes como Cristiano Molares D' Abril e Silva e de Artur Domingos Gunza foram dos raros que não se opuseram da imposição.

De forma critica, o funcionário público  Óscar Wilson que acompanha   de perto assuntos   da magistratura angolana, entende que, “Não  precisava de confirmar em voz própria que entre o Presidente e a senhora Veneranda que por sinal já vem indicada antes da reunião que havia alguma relação”.

“Se o objectivo é promover a incompetência por esta via , disso nada valera reunião do  CSMJ   porque deixa se claro que  os assuntos já se decide com o seu grupo extra conselho da magistratura”, lamenta Óscar Wilson.

O analista diz ter tomado conhecimento que “no primeiro encontro  que    manteve com os conselheiros,  o Presidente do Tribunal Supremo   havia assumido que gostava de dirigir os órgãos colegiais, ouvir todas as opiniões mas não é isso que esta acontecer em matéria tão crucial e importante que é a reforma judicial que o Estado, e que se deve   depositar toda confiança a bem da justiça”

“Um alerta aqui fica com esta forma de andar e atuação nem mesmo com Deus chegaremos lá, e é aquilo que se diz, se queres ver o ditador lhe empreste o poder e veras”, satirizou Óscar Wilson.

Em reação a referida  reunião,  circulou também  uma mensagem nas redes socias em que o  seu autor Marcos Neves recomenda a prudência na gestão do órgão do CSMJ.  “Senhor presidente do Supremo, deixe de discursos inadequados, que a administração da justiça precisa mais,  não use as reuniões do Conselho  Superior da Magistratura Judicial  para fazer pedido de noivados,  porque isso só cabe mesmo na família da senhora Veneranda   juíza conselheira”.


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