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1.° De Agosto em risco de descer de divisão por dívidas

Tenente-general disse se alguém divulgar os documentos que estão com o general Zé Maria sobre a batalha do Cuito Cuanavale, as relações entre Angola e África do Sul podem estar em risco

Todos os documentos referentes à Batalha do Cuito Cuanavale adquiridos pelo Serviço de Inteligência e Segurança Militar (SISM) estão classificados como sigilosos, afirmou hoje (terça-feira), em julgamento, o chefe da Direcção de Guerra Electrónica, tenente-general Alberto Noé Alfredo.
O oficial general respondia em tribunal no caso em que é acusado o ex-chefe do Serviço de Inteligência Militar ( SISM), general António José Maria, pelos crimes de extravio de documentos e insubordinação.

De acordo com o tenente-general Alberto Noé Alfredo,  esses documentos contêm segredos das Forças Armadas sul-africanas que uma vez em mãos de pessoas irresponsáveis podem pôr em perigo as relações existentes entre Angola e a África do Sul.

Na sua óptica, em momento algum os referidos documentos deveriam ser retirados das instalações do SISM e levados para qualquer outro lugar, por se correr o risco de serem roubados, extraviados ou divulgados sem a prévia autorização.

Informou que os documentos referentes à Batalha do Cuito Cunavale a que teve acesso estavam classificados como secretos, com a excepção de alguns livros de autores sul-africanos que eram pertença do general António José Maria.

Disse, na ocasião, desconhecer o prazo estipulado na lei angolana para a vigência de um documento classificado como secreto, facto ao que a defesa considerou “uma pena”.

O tenente-general Alberto Noé Alfredo esclareceu que apenas teve acesso aos documentos que lhe foram entregues pelo então chefe do SISM para trabalhar sobre os mesmos, desconhecendo, qual era a quantidade de material existente nessa instituição, adquiridos com fundos do Estado.

Em relação aos documentos retirados do SISM pelo réu António José Maria, disse não poder especificar, visto que  não teve acesso a todo o material existente, reafirmando, contudo, que teve o cuidado de “scanear”, digitalizar e arquivar toda a documentação sobre a qual teve oportunidade de trabalhar.

Reiterou que os documentos estavam sob custódia directa do chefe do SISM, guardados numa sala com acesso restrito.

Disse não saber se os documentos militares classificados  pelas extintas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA)  mantinham a mesma categoria nas Forças Armadas Angolanas ( FAA).

 Confirmação da acusação
Em relação ao pronunciamento do chefe do Serviço de Inteligência e Segurança do Estado (SINSE), Fernando Garcia Miala, que se encontra ausente do país em missão de serviço, o tribunal decidiu consignar as  declarações proferidas na instrução preparatória.

Na instrução preparatória, Fernando Garcia Miala reiterou que, em Março do ano em curso, recebeu orientações do Presidente da República, João Lourenço, no sentido de contactar o réu António José Maria, para proceder a devolução, em 48 horas, do material referente à Batalha do Cuito Cuanavale.

De acordo com a instrução preparatória, confirma-se o encontro mantido num restaurante, onde o general António José Maria se recusou a entregar os referidos documentos após duas horas de conversa.

A esse respeito, a defesa do réu esclareceu  à comunicação social ser um procedimento legal, facto que iliba o general Fernando Garcia Miala de comparecer a qualquer sessão desse julgamento.

O general António José Maria esteve à frente do Serviço de Inteligência e Segurança Militar (SISM) de 2009 a 2017.

O julgamento, iniciado 12 de Setembro, prossegue nesta quarta-feira (25) com continuação à audição das testemunhas.

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Pedro Lauro C Muenho

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