"Temos de fazer esforços, já perdemos tempo, de criar instituições competentes e sustentáveis para governar o país, porque de improviso já tivemos 40 anos, e é com bom ambiente de trabalho que vamos capacitar os nossos técnicos para trabalhos de excelência e encontrar soluções inovadoras", afirmou hoje, em Luanda.
Segundo o governante, que falava hoje na abertura do primeiro Fórum de Auscultação 2019 do sector da construção, o executivo angolano trabalha para que as "gerações vindouras sejam, de facto, competentes para encontrar soluções inovadoras e diversificar a economia" nacional.
Para Manuel Tavares Almeida, o sector que dirige tem uma importância relevante na sociedade angolana, porque "é dos sectores que deve promover ações concretas que gerem emprego".
"É com emprego que teremos crescimento e consumo", referiu no decurso da sua intervenção no encontro, que decorreu no Laboratório de Engenharia de Angola (LEA).
"Se não criarmos empregos e nos pautarmos por uma sociedade assistencialista, simplesmente dando e não ensinando a trabalhar, os poucos recursos que temos vão-se esgotar e esses poucos recursos não vão resolver", frisou, acrescentando: "Não é uma política sustentável, o dinheiro acaba um dia, o petróleo acaba um dia e a nação onde é que fica?".
Na intervenção, o ministro angolano defendeu a "exigência de rigor e qualidade" à sociedade, para que sejam "capazes hoje e no futuro de continuar a construir o país de forma sustentável, sem o petróleo".
Referiu que o país "tem sérios problemas que vêm de longo tempo" e que "não é com os recursos" actuais que serão resolvidos.
"E é isso que o executivo actual está a fazer de forma equilibrada", assegurou.
Qualidade e Durabilidade das Estradas, Drenagem no Meio Urbano e as Ravinas foram os temas em debate no encontro.
Em relação à problemática da qualidade e durabilidade das estradas angolanas, o governante referiu que "decorrem algumas correcções" com esse propósito, apontando a conclusão de alguns projectos, sobretudo nos locais degradados por falta de manutenção.
"É de facto uma nova era, vamos pôr tudo em condições e o que está a ser feito vamos fazer com rigor e qualidade", garantiu, lamentando contudo a falta de manutenção dos canais de drenagem das águas em Luanda.
Luanda vive "problemas sérios" de drenagem: "Muito trabalho foi feito a propósito e se pelo menos essas infraestruturas funcionassem não teríamos os problemas que temos hoje".
"O problema é que construímos grandes canais, grandes sistemas e dispositivos de drenagem, mas não funcionam por falta de manutenção, servem de depósito de lixo, os nossos hábitos e costumes têm preço muito caro, temos que mudar", defendeu.
O encontro, que teve lugar na capital angolana, contou com a presença de engenheiros, arquitectos, instituições universitárias e operadores do sector.
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