Com obras adjudicadas no valor de mais de 488 milhões de dólares, 2019 já é considerado o melhor ano da Omatapalo, com o valor global das empreita- das a subir mais de 300%, face ao acumulado desde 2008, segundo cálculos do VALOR com base nos diários da República.
Este ano, a empresa do governador da Huíla, Luís Nunes, beneficiou de três adjudicações e nenhuma por concurso público. A de maior valor é a empreitada para a construção da circular do Lubango, em duas fases, atribuída em Julho. Está avaliada em mais de 196 milhões de dólares, cerca de 173 milhões dos quais financiados pela linha de crédito a exportações da COSEC, de Portugal, tendo sido esta situação apresentada como razão para que a Omatapalo fosse a escolhida, visto ser de origem portuguesa.
“Atendendo ao facto deste projecto estar enquadrado para financiamento na linha de crédito à Exportação da COSEC e nessa linha apenas serem elegíveis, para execução das emprei- tadas, empresas que operem em Angola e que sejam de origem portuguesa ou de outro País da União Europeia”, lê-se no despa- cho presidencial.
No entanto, o VALOR apurou que mais empresas elegíveis tentariam a sorte caso fosse realizado um concurso público. Mota Engil, Casais, Tecnovia, Teixeira Duarte, Conduril, Soares da Costa são apenas algumas das empresas elegíveis no ãmbito da COSEC.
Em valor, a segunda obra mais cara adjudicada à Omatapalo é a empreitada de construção, em consórcio com a Casais, das infra-estruturas da Muxima, avaliada em mais de 172 milhões de dólares. Inicialmente, esta empreitada foi adjudicada, em Dezembro de 2018, com o valor de 50,624 mil milhões de kwanzas (cerca de 120 milhões de dólares), decisão revo- gada em Junho, altura que se deter- minou que a obra será executada em duas fases. A primeira está avaliada em mais 131,751 milhões de dólares e a segunda em 40,4 milhões de dólares.
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