VIDAS HUMANAS EM RISCO
Os ENFERMEIROS poderão em breve deixar de praticar «Actos Médicos» como, por exemplo, pedir exames de diagnóstico ou prescrever receitas caso a bastonária da Ordem dos médicos não se retrate das infelizes declarações que prestou em tempos no Cunene, nas quais limitou o campo de intervenção dos referidos profissionais da saúde.
A médica Elisa Gaspar, não só «comprou uma guerra» desnecessária com os enfermeiros, como tbm não mediu as consequências do seu acto que poderá colocar em perigo a vida de milhares de doentes, caso os enfermeiros venham a concretizar nos próximos dias as suas ameaças de não realizarem «Actos Médicos»...
Fosse uma médica avisada e com elevado sentido de responsabilidade, Elisa Gaspar teria evitado entrar em rota de colisão com os enfermeiros sabendo-se que a maior parte dos centros de saúde dos municípios do país são assegurados por estes profissionais que, convenhamos, tapam os «buracos» da carência de médicos... Mesmo em alguns hospitais do país têm sido os enfermeiros a «dar do recado», quando os turbos médicos «vagueiam» de clínica em clínica...
Tivesse uma ponta de humildade e colocado o interesses públicos acima do seu orgulho e petulância, a médica Elisa Gaspar não teria extremado as posições, mas reforçado os laços com os enfermeiros, seus «aliados naturais» em prol da saúde dos doentes e da humanização dos serviços.
Caso os enfermeiros concretizem as suas ameaças, será o «Povoléu» a pagar a pesada factura, a sucumbir nos «corredores da morte», sem beira nem eira. Alguém terá de tomar as medidas necessárias, com a máxima URGÊNCIA possível, para evitar o agravamento do sofrimento do nosso povo, nem que isso custe o afastamento ou destituição da própria bastonária da Ordem dos Médicos, uma pessoa que parece muito propensa aos conflitos.
Espero que a médica Elisa Gaspar desça do seu pedestal, tome a devida consciência que o seu acto poderá colocar em perigo a vida de milhares de pacientes descamisados.
Por: Ilidio Manuel
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