Presidente da República, João Lourenço, discursa no encontro com associações empresariais
Ao discursar no acto de abertura do Fórum Empresarial, o Chefe de Estado reconheceu que os níveis de desemprego subiram, como consequência da recessão registada nos últimos anos.
“Trata-se de um problema que deve preocupar a todos e que só será resolvido com o aumento do investimento na economia, sobretudo do investimento privado”, declarou.
Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), referentes a 2018, indicam que a taxa de desemprego em Angola se situa entre 28,8 por cento (cerca de três milhões de habitantes) e atinge, maioritariamente, jovens de ambos os sexos.
Para combater o desemprego, o Executivo aposta na criação de 250 mil postos de trabalho em diferentes áreas, nos próximos três anos, no âmbito do Plano de Acção para a Promoção da Empregabilidade (PAPE).
O programa, cujo valor de execução está avaliado em 21 mil milhões de Kwanzas, foi aprovado recentemente pelo Presidente da República, em Decreto 113/19, de 16 deste mês, e inclui 10 mil microcréditos e a distribuição de 42 mil kits profissionais.
Além dos beneficiários directos, pretende-se, com a distribuição dos kits profissionais, promover o associativismo e beneficiar, indirectamente, 250 mil cidadãos.
Para o estadista, só com o aumento do investimento, Angola poderá voltar a crescer do ponto de vista económico, criar mais postos de trabalho e proporcionar aos angolanos, em particular à juventude, melhores rendimentos e, por esta via, aumentar o seu bem-estar e das suas famílias.
Exortou os empresários a investirem mais na indústria pecuária, das pescas, do turismo e em outros ramos da economia nacional, usufruindo do aumento da oferta de energia e águas no país, sobretudo após a interligação do Sistema Nacional de Electricidade, através das redes de transportação de energia eléctrica no Norte ao Centro do país e com a perspectiva de se ligar para o Sul e para o Leste.
O Chefe de Estado saudou e homenageou os empresários que, mesmo passando por vários sacrifícios, conseguiram manter-se activos todos estes anos, enfrentando a difícil crise de valores e as dificuldades causadas pela profunda crise económica e financeira que o país ainda vive.
O reconhecimento, disse, tem a ver com o empenho, pelo seu profundo patriotismo e, sobretudo, pela capacidade de empreender em momentos e circunstâncias tão difíceis. “Devem manter-se firmes, porque o compromisso do Executivo para mudar a situação é igualmente firme. As reformas que estão a ser implementadas vão, efectivamente, dar os frutos desejados para alavancar a economia angolana”, afirmou João Lourenço.
Para a criação de riquezas e empregos, João Lourenço disse ser necessária a construção de uma sociedade na qual os bens, serviços e recursos gerados pelas empresas sirvam as maiorias.
O Chefe de Estado afirmou ser neste quadro que estão a ser tomadas medidas para combater a concorrência desleal e o branqueamento de capitais.
Uma destas medidas, apontou, é o repatriamento de capitais e a recuperação de activos, através da perda alargada de bens, um processo em curso, cujos resultados passarão a ser, periodicamente, dados a conhecer à sociedade pelas instâncias competentes.
Adiantou que, no âmbito da remoção dos constrangimentos que se colocam ao desenvolvimento da actividade privada, e por ser um fardo enorme imposto aos empresários, está o combate firme contra a corrupção e impunidade, por serem fenómenos que distorcem os princípios básicos da transparência e da justiça.
A seu ver, esses fenómenos desvalorizam a procura do mérito e da eficácia e colocam os menos capazes, os menos competentes a vincarem e a prosperarem na sociedade em detrimento dos que têm como principal capital a dedicação, o trabalho árduo e o respeito das regras da concorrência.
Ainda no quadro da remoção ou redução dos constrangimentos ao investimento privados, afirmou que estão a ser tomadas medidas no domínio fiscal, cambial, medidas de apoio à produção nacional, medidas de atracção e captação do investimento privado, medidas de apoio de acesso ao crédito, para tornar mais atractivas as condições para o investimento dos empresários nacionais e estrangeiros em Angola.
2 Comentários
Palavras bonitas de sua excelencia presidente joão manuel gonsalves lourenço..esta iniciativa é boa e sera benefica para população..por exemplo eu sou mecãnico necessito de muitas ferramentas equipamentos em fim.ja com este plano de governo poderei alargar o meu espaço e empregar mais jovens...
ResponderExcluirPalavras bonitas de sua excelencia presidente joão manuel gonsalves lourenço..esta iniciativa é boa e sera benefica para população..por exemplo eu sou mecãnico necessito de muitas ferramentas equipamentos em fim.ja com este plano de governo poderei alargar o meu espaço e empregar mais jovens...
ResponderExcluir