Até hoje não conheço nenhum angolano que amou tanto Angola como José Eduardo dos Santos que abdicou a sua juventude e sua família pelo país durante 38 anos, ele é o patriota e herói de todos os tempos, artigo João Hungulo

Já demonstrei, em vários artigos de opinião, dirigido ao Patriota, que Angola, sem Eduardo dos Santos, andaria de mãos atadas ao abismo.
As afirmações de Albert Einsten, continuam a fazer tanto sentido quanto no tempo de Eduardo dos Santos, o mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim, por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer, foi assim que, Eduardo dos Santos, levantou – se dos subúrbios do Sambizanga e revoltou – se contra o colonialismo português, contra o Apartheid, contra o imperialismo ocidental e contra a guerra civil. 
Não estou aqui, para pintar o passado de um herói, nem a torná – lo puro, pois, puro, nenhum existe, estou aqui, como afirmava o novelista e intelectual russo, Yevgeny Zamyatin: em vez de se contentar com o mal que ocorre no plano social, e, aplaudir o que não se pode aplaudir, como o desprezo que muitos fazem à heróis.
Rompa as convenções, seja um intelectual livre, comprometa – se com a verdade. No entanto, é mister que Eduardo dos Santos, é, e será para sempre o símbolo do gáudio que se vive neste País. Para tal, é oportuno recordar Aristóteles, segundo o qual, existe um único mundo: este em que vivemos. Enquanto isso, só nele encontramos bases sólidas para empreender esforços e sacrifícios em torno das soluções à serem apontadas às circunstâncias hodiernas ou futuras, tal quanto José Eduardo dos Santos terá realizado a seu tempo o irrealizável.
Aliás, é o nosso deslumbramento com este mundo, que nos leva a questionar a verdade e a encontrar soluções aos maiores desafios que nos são impostos ao longo do curso natural das coisas, seria como recorda o escritor, músico e poeta João Henrique Hungulo: “Passamos pelo mundo uma única vez, e, toda a oportunidade para fazer a diferença neste mundo, e, mudar o curso natural das coisas, não deve ser adiada.” Mesmo que muitos apresentam – se descontentes à tais afirmação, pois, ninguém pode agradar a gregos e troianos, como se pode dizer na língua inglesa “you can”t please evereyone.” Desde logo, a história de José Eduardo dos Santos, torna – se um imperativo no processo de vida da nação angolana, e desde então, é um ingrediente cultural que deve atravessar gerações e ser contada através do curso longínquo do tempo.
A vida de José Eduardo dos Santos, é um exemplo de quem queira fazer diferença mediante os desafios improváveis, em épocas impossíveis. Eduardo dos Santos realizou aquilo que ninguém a seu tempo soube realizar, não cruzou os braços, desenvolveu acções vitais para que a vida da nação angolana fosse salva, para que a história, ganhasse um novo sentido face às variadas circunstâncias que lhe eram impostas e atravessaram sobre a qual.
O historiador Lord Action, afirmou que patriotismo prende-se com os deveres morais que temos para com a comunidade política. Como quase todos os conceitos políticos e filosóficos, também o patriotismo é alvo de inúmeras conceptualizações conflituantes que, segundo Alasdair MacIntyre, ocorrem num espectro que tem num extremo a ideia de que o patriotismo é uma virtude e, noutro, que é um vício. Resumidamente, pode-se definir o patriotismo como o amor pelo próprio país, identificação com este e preocupação com os nossos compatriotas. Não é despiciendo referir a comum sobreposição e confusão com o nacionalismo, pelo que importa salientar a distinção que Lord Acton opera, afirmando que o nacionalismo está ligado à raça, algo que é meramente natural e físico, enquanto o patriotismo se prende com os deveres morais que temos para com a comunidade política.
O sacrifício humano emerge na história como um desafio ético, porém, para a pessoa de José Eduardo dos Santos, o sacrifício exercitado em prol da nação angolana, não se tratou apenas de um desafio ético, tratou – se de um imperativo nacional, de uma convicção ideológica, cultural política e patriótica para com o País.
 A prática do sacrifício de seres humanos era realizada desde os povos antigos. Inúmeras culturas de formas diferentes a praticavam com o intuito de oferecer aos deuses às vítimas em seus rituais. A cultura védica, os maias, e os incas realizavam sacrifícios humanos. É possível afirmar que o sagrado institui uma nova relação do homem com o mundo na medida que este se revela e se manifesta na história humana. Talvez, não terá sido esta prática que terá movido Eduardo dos Santos em nome do sacrifício patriótico, ao ponto de entregar – se de corpo e alma a pátria, quase que perdia a vida, como disse um escritor “José Eduardo dos Santos”, deu o peito as balas quando a desintegração causada pela guerra era inegável”, em Cahama Eduardo dos Santos provou que estava pronto à entregar – se à pátria, mesmo que a própria vida fosse um bem sacrificado em nome de Nação, Eduardo dos Santos, não temeu a bravura do inimigo, percorreu lugares altamente perigosos, orientou as FAPLAS e as motivou à fazerem face ao inimigo com toda a coragem.
O sacrifício exercitado por José Eduardo dos Santos, não se trata de um mero sacrifício cultural, nem sequer um ritual sagrado, santo ou perverso, trata – se de um imperativo social, patriótico, heróico, trata – se de soluções diplomáticas e continuadas à variedade de problemas que nasciam na nação angolana. Eduardo dos Santos, terá lutado para fazer aquilo que era inverosímil, realizar o inexecutável.
Uma das contribuições patrióticas do sacrifício de Eduardo dos Santos para a pátria angolana, foi demonstrar que o valor da pátria e dos seus compatriotas não pode ser inferior ao valor da sua vida, nem da relação entre ele e a sociedade angolana, nem da relação entre o simbolismo angolano e a nação angolana, pois a vida de Eduardo dos Santos não esteve acima da pátria, mas esteve sempre a baixo desta, e do povo angolano, logo, o sacrifício de Eduardo dos Santos, define – se na concepção do sentido patriótico, como sendo um sentimento de orgulho, amor, devolução e devoção à pátria, e ao seu povo.
Por João Henrique Rodilson Hungulo
BEM – HAJA AO BOM PATRIOTA!

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