Pular para o conteúdo principal

Postagem em destaque

1.° De Agosto em risco de descer de divisão por dívidas

Filha não reconhecida de Dos Santos que é militante da UNITA, foi envenenada pelos serviços de inteligência da UNITA

Helda Eduarda dos Santos da Conceição alega ser filha do ex-Presidente da República, José Eduardo dos Santos. Em exclusivo  ao Jornal HORA H, afirmou que havia sido envenenada por supostos elementos afectos aos Serviços de Inteligência da União Nacional para Independência Total de Angola (UNITA), conhecidos por BRINDE, no seu local de trabalho, por suspeitarem ser agente dos Serviços de Inteligência Externa (SIE), do antigo regime de seu “pai”.
Escrivão José
Segundo a vítima, só não morreu graças à pronta intervenção do presidente da UNITA, Isaías Samakuva, que teria disponibilizado valores financeiros que permitiu a sua transferência para à República da Namíbia, facto que, segundo disse, hoje tem estado a recuperar significativamente. Por outro lado, o irmão Walter dos Santos, também escapou de um suposto envenenamento numa das festas da família de seu pai José Eduardo dos Santos.
A este jornal, Walter dos Santos contou em primeira mão que foram alertados por um jovem para não beberem da “kissangua” que estava para ser servida para eles porque estava envenenada e não sabe se realmente não foram envenenados na mesma cerimónia. Walter e sua irmã Elda dos Santos, ambos filhos feitos fora do casamento, argumentam que viveram durante muitos anos sem se aperceberem efectivamente quem era realmente o seu pai biológico. Nesta entrevista, afirmaram que não estão preocupados com os bens materiais do pai, mas precisam apenas adquirir a paternidade do seu progenitor. Siga a conversa:
Jornal Hora H: Diz ser filha de José Eduardo dos Santos, como se chama, quantos anos tem e porque ficou calada durante muito tempo?
Elda Eduarda dos Ssantos: Chamo-me Elda Eduarda dos Santos, vivo no Zango 2, tenho 36 anos de idade. Fiquei calada durante muitos anos por causa do nosso pai que sempre quis proteger a sua imagem para evitar aproveitamento político. E, agora que ele já não é presidente da república, posso sair e gritar aos quatro cantos que sou filha de um grande homem que foi um estadista.
Muitos dos dirigentes que controlavam o sistema de segurança é que nos impediam de chegar até ao nosso pai, estamos a falar de Zé Maria, Kopelipa e tantos outros, porque até ameaçavam  de morte à nossa família, por isso é que, os nossos familiares, não nos diziam quem era realmente o nosso pai.
JHH: A senhora sempre foi contra às políticas de JES e fazia-a nas redes sociais, hoje quando olha para José Eduardo dos Santos o que lhe vem na mente? 
EES: Realmente naquela altura nem eu sabia quem eu era. Fui criada e registada com nome de um senhor que nem eu o conheci, pois a minha família permaneceu em silencio até aos meus 30 anos.
JHH: Quando é que se apercebeu que é filha de José Eduardo dos Santos? 
EES: Eu soube a partir de um senhor dos Serviços de Segurança que me revelou absolutamente tudo, e posteriormente confirmei ao meu avô que faleceu o ano passado. E ele foi ameaçado aos meus tios para não me ajudar a chegar até ao pai.
JHH: Onde e como se formou? 
EES: Estudei num colégio milionário que é o “Elizangêla Filomena” em regime de bolsa de estudo e não sabia como fui parar lá. Cresci na casa do comandante Jú, que era esposo da minha tia Sita de Almeida Sousa, a maioria dos meus familiares estava sempre perto da presidência e eu cresci num completo silêncio sem saber quem era o meu pai e o que me apercebi é que havia acordos para que eu ficasse no silêncio.
JHH: Depois de saber que é filha de José Eduardo dos Santos qual foi a sua atitude nas redes sociais e não só? 
EES: Quando me apercebi da verdadeira paternidade, parei de atacar o meu pai e comecei a atacar o governo, isso é, os governantes que ele orientava para fazerem e não faziam. E que fique bem claro que, o que desgoverna o país, não é uma pessoa, mas sim, um grupo de indivíduos que constituem o governo de um país. Recordo-me que, das publicações que eu fazia contra os péssimos governantes, algumas vezes o pai me ouvia e exonerava-os.
JHH: Acha que havia certa cooperação política entre a Elda Eduarda dos Santos membro da UNITA e José Eduardo dos Santos do MPLA?  
EES: Claro que sentia  uma certa cooperação política entre eu e o meu pai.
JHH: Há quanto tempo se apercebeu que José Eduardo dos Santos é seu pai? 
EES: Apercebi-me há seis anos para cá. E aconteceu num dia em que estava a ir para o serviço e me encontrei com um senhor chamado “Coelho” que conhece toda família e me explicou como a minha mãe morreu e, quando voltei para casa perguntei à minha tia e ao meu avô que me confirmaram do pai.
JHH: Como e onde morreu a sua mãe? 
EES: A minha mãe morreu no Hospital Sanatório de Luanda com uma pica de água. Ela sofria de tuberculoso, foi para ser tratada e no dia em que poderia receber alta é quando injetaram-lhe uma injeção de água porque se ela recupera-se poderia beliscar a imagem do pai na altura. O meu pai é o maior preso da Angola, e ela não fazia nada que fosse da sua vontade, até ficar com a mulher que amava não conseguiu, e tudo era feito com orientações dos serviços de segurança, eles é que mandavam tudo e continuam a controlar o país. Entretanto, a minha mãe é uma das várias mulheres que tentou se aproximar do meu pai e foram silenciadas. Até os meus familiares não gostavam de tocar neste assunto porque eram ameaçados de morte, e da minha mãe só comecei a ouvir falar dela aos meus quinze anos só para ver quanto era terrível falar dela na própria família mesmo morta.
JHH: Quando é que a sua mãe foi morta? 
EES: Ela foi morta no dia 22 de Junho 1986, deixou-me com quatro anos de idade no Hospital Sanatório de Luanda.
JHH: Fala-se também que um dos principais suspeitos da morte de sua mãe é o general Zé Maria. Isso é verdade? 
EES: Bem… eu tirei esta conclusão porque quem era o chefe da Secreta naquela altura era ele. E também foi o braço direito do pai. Mas quando o pai dos meus filhos, ex-marido Fridolim Kamolakamue foi comprado pelo MPLA e esteve aí no Futungo 2 com o Brigadeiro 10 Pacotes, segundo o que ele me explicou, “no acto de entrega de uma casa no condomínio nova vida de uma viatura santa fé e de uns milhões foi entregue pelo general Zé Maria a mando do meu pai, com certeza. E o Zé Maria, perguntou por mim, exigia ao Fridolin para vir buscar-lhe com os filhos que ficamos na UNITA, e só dizia isso porque sabia que eu era filha de José Eduardo dos Santos.
JHH: Alguma vez sofreu um atentado? 
EES: Eu sei que até 2010, estive na lista das pessoas que seriam assassinadas, mas felizmente um individuo muito próximo disse-me “olha eu vim aqui para te abater, mas acabei por me apaixonar por ti não tenho como concluir a missão” eu tenho queixa deste individuo numa das esquadras da Polícia de Intervenção Rápida.
Outro episodio que fui salva e graças ao general João de Matos que encontrou o meu nome numa lista de pessoas para serem assassinadas, ele disse que eu era sua família, por isso, não me tocaram, já que o tio João de Matos conhecia todos filhos e as mulheres do pai. O Kopelipa conheceu bem a minha mãe, e eu não quero abrir a minha boca para falar do Kopelipa senão arranjo mais um trinta e um neste país, mas ele sabe bem e gostava muito da minha mãe. JHH: Está a querer dizer que a sua mãe chamava atenção ao general Kopelipa? 
EES: Era uma mulher muito linda, loira eles sabem…
JHH: Como se chamava a sua mãe e qual foi a sua ocupação? 
EES: Ela chamava-se Kica Octávio dos Santos e morreu com vinte e três anos. Estudou o ensino primário e médio no colégio São José de Cloney, escapou à morte no processo 27 de Maio porque era muito parecida com à filha de Agostinho Neto já que andavam juntas e não consigo dizer mais nada sobre a…
JHH: Qual foi o desfecho da história do homem que queria lhe assassinar? 
EES: Eu é que fugi dele, claro. Ele continua a fazer o seu serviço que é vigiar-me, vinte quatro horas ao dia. Já não me encontro com ele, e até em alguns momentos ele quis levar-me ao pai, um dia disse-me que “o teu pai corre muito aqui no jardim do palácio e um certo dia andamos juntos com o meu carro e entramos no cordão de segurança protocolar do pai no momento em que o pai vinha do Brasil, e até porque o irmão dele era financeiro da Unidade da Guarda Presidencial (UGP).
JHH: Como se chama a pessoa que se refere? 
EES: suspiro… Por uma questão de minha segurança, prefiro não falar, porque ele é capaz de tudo.
JHH: O que é que sentiu naquele momento em que estava perto de seu pai, mas que não pode ter contacto directo com ele? 
EES: Tristeza! Fiquei a tremer e sentia que aquele foi o grande dia, mas não aconteceu. E este indivíduo que me levou, dizia-me que o teu pai amava muito, e até o nome dela está no diário que José Eduardo dos Santos tem no palácio. Mais como ela era muito arrogante como tu, as coisas chegaram onde chegaram.
JHH: Acha que José Eduardo dos Santos sabe que a “Kica” sua mãe foimorta? 
EES: Acho que o meu pai não sabia que a minha mãe faleceu e talvez só hoje é que ele deve ter se apercebido de que ela já não faz parte do mundo dos vivos. Alguém me disse que ela um dia tentou procurar o general Kopelipa na Força Aérea Nacional para lhe fazer chegar ao pai, e aparece alguns militares das forças cubanas a impediram o contacto e ela zangou-se e pegou numa garrafa e abriu-lhe o braço todo e, quando queriam assassina-lá o general Kopelipa pegou-lhe e enviou-a para Luanda, portanto isso é só para fazer recordar o general Kopelipa para saber quem foi a Kica Otávia, ele gostava da minha mãe.
JHH: Como é que se sente quando vê nas redes sociais a destratarem José Eduardo dos Santos? 
EES: É assim, tal como os antigos presidentes saem do poder, o sistema de segurança do país já não quer saber do anterior chefe de Estado e o que está a acontecer com à minha família é isso. E, os que estiveram com o pai durante muitos anos, não ajudaram o pai, mas sim destruíram o futuro dele. E o corpo de segurança do Estado quer se desfazer do pai e isso é uma tamanha ingratidão porque até todos que trabalharam com ele fizeram as suas vidas, ficaram ricos durante a governação do presidente José Eduardo dos Santos.
O pai várias vezes pediu demissão e o povo não sabe, pelo que eu sei e a população angolana não domina é que, JES já pediu áxilo fora do país, em plena luz do dia. O pai já foi travado para ser fuzilado quando saia com a família, portanto os erros tinham que ser atribuídos a todos que governaram o país até chegar o ponto de saturação.
JHH: Se for para definir politicamente, quem é José Eduardo dos Santos? 
EES: É um grande homem. E, porque até já encontrou este país com os homens da segurança do Estado bem posicionados e vindos do massacre do 27 de Maio de 1977, não tinha como desfazer-se deles.
JHH: Se estivesse diante de José Eduardo dos Santos, como afirma ser o seu progenitor, o que lhe diria neste momento?
EES: Estou contigo e vim aqui para te apoiar incondicionalmente. O destino escreveu direito em linhas tortas, ele sabia que eu existia, mas deixou-me do lado da UNITA para me proteger. Diante de todos os irmãos que estão foragidos, eu estou em melhores condições para ajudar o meu pai, apesar de estarem à criar barreiras para não chegar perto dele durante às vezes que o procurei como pai.
JHH: Quantas vezes já procurou pelo seu “pai”? 
EES: Já não me lembro quantas vezes procurei-o, masdigo que foram várias e sempre encontrei barreiras por parte da família do meu pai, que infelizmente não lhe ajudam pelo contrário prejudicam-lhe ainda. Hoje faço está entrevista, não para ridicularizar o pai, mas sim a família é que ridiculariza os filhos, e no meu entender, deviam criar um fórum para integrar os filhos que sofreram durante muitos anos calados e nós somos 19 filhos.
JHH: Se não têm ridicularizado o vosso “pai”, porque é que recorrem à imprensa e às redes sociais para falarem dele? 
EES: Encontramos estes meios para fazer chegar a nossa mensagem ao pai porque todos os meios que fomos usando durante muitos anos para chegarmos a ele, foram barrados, e tínhamos que mostrar o nosso afecto e dar sinais de que estamos aqui e vivos.
JHH: Já contactou a senhora Marta dos Santos para criar um ambiente em família para que vos faça chegar junto ao vosso pai? 
EES: Já me foi informada que a senhora Marta dos Santos não é família do pai, e da vez que estive com o senhor Luís dos Santos, ele disse-me “o que é que vieste fazer? Nós aqui a vida já passou…Continua com a sua vida porque aqui a família já esta contada”. Já fui à casa de Marta dos Santos, deixei várias cartas e nunca me respondeu. E, dos vários filhos do pai, o Zenú foi o único que me procurou e pediu toda a minha documentação, e em fórum familiar, disse a eles que iria fazer o teste de ADN e a Avelina dos Santos disse-lhe que já estava comigo e que não precisava fazer o ADN porque ela é mesmo nossa parente, mas ela é da UNITA e não queremos aqui alguém deste partido.
JHH: Enquanto Zenú dos Santos estava em prisão preventiva no Hospital Prisão de São Paulo, a senhora visitou o seu irmão? 
EES: Sim, por ele ser o único que se interessou comigo, eu fui à cadeia lhe visitar duas vezes por semana.
JHH: Das vezes que foi à cadeia de São Paulo manteve contacto com o Zenú dos Santos? 
EES: Não. Mas, ele respondia sempre “diz a minha irmã que eu estou ocupado” e eu entendo é política.
JHH: Como é que entra para o partido UNITA? 
EES: Em 2002, a UNITA é que me convidou por intermédio do deputado Tchipindo Bonga, porque eu era dirigente do “Movimento Mensageiro da Paz”, no tempo em que os dirigentes do PADEPA faziam manifestações e eram espancados, mas nós nunca fomos torturados pelos Serviços da Segurança do Estado. Lembro-me que um dia tomamos de assalto a Assembleia Nacional para apoiar o deputado Savihemba para que houvesse negociação de Paz em Angola. E nós fazíamos manifestações em Angola e não éramos espancados, aí está mais uma prova de que o meu pai sabia que eu era filha dele e não permitia que me tocassem. E quando aderi a UNITA cheguei até aos patamares cimeiros, já fui secretária pessoal do Presidente Isaías Samakuva com todo respeito e que me ajudou muito, devo muito à família Samakuva porque ele é um grande pai.
JHH: Quais são os cargos que já ocupou na UNITA? 
EES: Secretária pessoal do presidente Samakuva, sou ministra do Ambiente no Governo Sombra da UNITA, serei agora candidata à autarca nas próximas eleições autarquicas e o meu nome já estava três vezes como candidata a deputada da UNITA, mas quando os documentos chegavam ao doutor Rui ferreira desapareciam. E acredito que era um impedimento porque a Tchizé já esta no parlamento e depois a Elda seria um desconforto total para o pai.
JHH: Saiu do PADP para UNITA?
EES: Não, apenas referi o PADPA porque naquela altura, era o partido que dava voz aos angolanos que eram coartadas as suas liberdades. E nunca fiz parte de nenhum partido que não seja a UNITA.
JHH: Se sente feliz estando a militar na UNITA ou está lá para buscar protecção? 
EES: Eu sinto-me bem, sou muito respeitada e ganhei o mesmo por toda a classe da direcção da UNITA, portanto eu não sou da UNITA, mas sim sou UNITA.
JHH: como define Jonas Savimbi, uma vez que foi a enterrar no dia 01 de Junho? 
EES: É um grande homem, porque até deu a sua vida pelo país e transformou os angolanos como verdadeiros angolanos na sua própria terra, portanto isso foi um grande legado.
E só tenho a lamentar o comportamento do senhor Pedro Sebastião, a tamanha barbaridade com que abandonou os restos mortais numa unidade militar, uma vez que não foi o acordo que as partes que estavam a negociar o processo chegaram. E hoje a UNITA é o povo, e o povo é a UNITA, é só verem a multidão que foi assistir o enterro de Jonas Savimbi, portanto o slogan do MPLA em que o povo é o MPLA acabou.
JHH: Qual dos filhos de seu pai é parecido contigo? 
EES: Eu sou mais parecida com a Isabel dos Santos e tenho orgulho dela porque geriu a Sonangol com muita inteligência, foi no momento da sua gestão em que conseguiu comprar dois poços de combustíveis no Iraque e que custou mais de trezentos milhões de dólares, e produz mais de duzentos e cinquenta milhões de barris de petróleo por dia, e onde é que vai o petróleo e o dinheiro.
JHH: É verdade que foi envenenada enquanto secretária de Isaías Samakuva? 
EES: Eu prefiro estar em silêncio, porque são questões de estado, pois nós estamos tão infiltrados. O presidente Samakuva é um grande homem e uma pessoa de Deus.
JHH: Onde é que terá sido envenenada? 
EES: Quem é envenenada nunca sabe onde foi, nem que seja seis, sete meses ou um ano não… Portanto, perdoou aquele que me vez isso e perdoou caso esteja vivo e se já está morto, que a sua alma descanse em paz. Mas, para reforçar eu vivi esta situação.
JHH: Como é que se apercebeu que foi envenenada?
EES: Eu fiz um check up numa clínica chinesa e os resultados davam conta que tinha toda a percentagem de envenenamento, o fígado, o estomago, o coração a crescer mais que a caixa tórax, aí é que fui evacuada para Namíbia com o apoio do presidente Samakuva, se não ia mesmo morrer.
JHH: Quanto tempo ficou na Namíbia? 
EES: Pouco tempo e graças a Deus tenho estado a recuperar satisfatoriamente.
JHH: Depois de descobrirem que é filha de JES, como tem sido a sua relação com os militantes da UNITA? 
EES: Depois de muita gente se aperceber que sou filha de José Eduardo dos Santos, e momentos de pois começar a apresentar problemas de saúde, alguns militantes foram comentando “porque é que não vai pedir dinheiro ao pai dela?” os dirigentes da direcção do partido continuaram com o carinho que sempre manterão comigo.
JHH: Quem é o Fridolim Kamolakamwe? 
EES: Foi o homem que me deu dois filhos muito inteligentes como ele. Trata-se de Sacha e a Júlia, vivemos tempos muito lindos, escrevia poesias, eu criticava poesias e fabricava os livros dele. As satânicas metáforas, Bíblia Sangrada, cozia também as batas dele e infelizmente as pessoas mudam e tão logo que soube que eu era filha de José Eduardo dos Santos e esteve com ele várias vezes nunca se indignou em dizer-lhe que vive comigo.
JHH: Onde é que se encontra neste momento? 
EES: Deve estar em Portugal ou em França. E o que mais me dói é que ele não quer saber dos filhos, mesmo tendo recebido muitos bens do meu próprio pai. De tudo que ele fazia eu nunca beneficiei absolutamente de nada. Recebeu o premiu Sonangol das mãos do pai na “Casa 70” e não me deixou lá ir, recebeu a casa no projecto nova vida, recebeu o carro santa fé e depois milhões…
JHH: Os filhos que fez com o Frodolim estão registados? 
EES: Nem cédulas têm. Agora é que o meu irmão Walter vai registar os miúdos. Há tempos o Fridolim, mandou por via faceboock, a sua cópia do Bilhete de Identidade e disse que não precisa dos filhos. Ele tem mais três filhos de uma outra relação que vivem muito mal. JHH: Quando ele arrumou as malas com o propósito de alegadamente “fugir” o regime de seu pai, o que é que ele disse? 
EES: Absolutamente nada! Eu me apercebi pela cunhada que veio aqui me dizer que ele passou pela fronteira e fugiu. E ele havia me contado que o general Zé Maria,chateou-se com ele porque tudo que via lá informava nos outros partidos enquanto esteve sobre hospício do regime.
JHH: Com quem ele viveu na suposta casa oferecida no Projecto Nova Vida?
EES: Com várias mulheres a fazer festa. Alguns amigos meu da UNITA vinha me contar e afirmavam que “aí é só beber comer, mulheres, drogas e muito mais”.
JHH: Frodolim usava drogas? 
EES: eh… ele usava. Mas, pronto que Deus lhe converta.
JHH: Como é que era o comportamento dele em casa? 
EES: No princípio era muito lindo, mas de repente tudo mudou e dava-me muita porrada e havia momentos em que fui ficar numa casa de um dirigente da UNITA. Se eu não deixasse o Fridolim, hoje não seria pessoa que me apresento tão bem como figura publica. Foi a família que nos aconselhou para nos separarmos, portanto ele não é aquela pessoa que muita gente segue “ele tem um desequilíbrio mental”.
JHH: Neste momento vive em casa própria? 
EES: Vivo numa casa que é do irmão que me acolheu e agora começo a entender que esta casa é minha porque ele viajava com o pai e há fotos que provam isso. Sou professora de profissão e exerço o cargo de ministra do Ambiente do governo sobra da UNITA.
JHH: Para terminar, que mensagem gostaria de deixa ao seu pai, José Eduardo dos Santos, a UNITA e aos angolanos? 
EES: À nação, temos que nos reconciliar todos para mudarmos o país nos locais onde estivermos a trabalhar,  para que deixemos o mundo melhor do que encontramos. Ao meu pai, eu estou de braços abertos para lhe abraçar, rezo para ele todos os dias e sinto que ele chora pelos filhos que não somos assumidos por ele, e aguardamos que seja o último gesto de nos acolher para continuarmos a lhe ajudar porque ele sabe do que estou a falar.
Para o presidente Isaías Samakuva continue sempre forte, porque és um grande homem e só para ver como ele conteve os ânimos da massa militante que já estava com os ânimos a flor da pele no momento histórico da exumação e inumação dos restos mortais do líder fundador da UNITA doutor Jonas Malheiro Savimbi. Conte sempre comigo, como filha e que Deus nos abençoe. Nas próximas edições, não perca, o Jornal Hora H, vai trazer na integra a entrevista de Walter dos Santos que alega ser um dos filhos não assumido de José Eduardo dos Santos.

Comentários