Quando, em finais de 2002, Kundi Paihama apareceu numa famosa lista dos milionários publicada pelo extinto jornal Angolense, o antigo ministro da Defesa barafustou, protestou, por pouco teria largado as tropas dos quartéis para, em praça pública, defender o seu nome e honra supostamente feridos.
Encheu os pulmões de ar e gritou perante a «África e o mundo» que não era rico, que vivia, segundo ele, de uma renda anual de DUZENTOS MIL DÓLARES de uma casa que herdara da sua falecida mãe.
Mal aconselhado, optou por intentar uma acção judicial contra o então director da referida publicação e exigiu uma milionária indemnização.
Aos olhos da opinião pública o argumento não colhia porque incompatível com os bens e a qualidade de vida que possuía. Aliás, não se tinha memória que ele fosse proveniente de uma família de grandes posses, logo a história da casa arrendada estava mal contada.
Com o tempo, a fortuna do homem foi crescendo, multiplicando exponencialmente, a ponto de ter perdido o seu controlo: jogos da sorte e do azar, condomínios, casinos, aviões, bancos, empresas de construção civil, fazendas até chegar ao récem falido BANC.
O país muito agradeceria se o «velhote» Kundi ensinasse os mais novos como se multiplica a riqueza, como é possível chegar-se à fortuna de 500 milhões de USD, com uma renda de casa anual de 200 mil USD...
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