Lisboa – ‘Tchizé’ dos Santos nega que tenha pedido a destituição do Presidente da República de Angola conforme taxada pela media portuguesa, a semana passada, a quando apresentou as motivações que a mantem refugiada no estrangeiro por alegada perseguição política em Angola.
Fonte: Club-k.net
"Claro que eu não ia dizer que ia ao TC pedir impeachment"
Considera ter havido erro de interpretação nas suas declarações quanto ao tema de pedido de destituição do sucessor do seu pai. Em fóruns (de jornalistas) do Whatsup, ao qual faz parte, a parlamentar alega ter “apenas” dito que “algumas atitudes do Presidente e do seu executivo, são passíveis de merecer impeachment, porque no seu ponto de vista violam princípios fundamentais do Estado democrático de direito como a separação de poderes e a liberdade de expressão, privação” tendo apontado exemplificado o caso do deputado do MPLA, Manuel Rabelais que viu as suas imunidades desrespeitadas ao ser retirado do avião quando viaja para Portugal.
De acordo com as suas explicações, logo após a noticia ter saído na agencia Lusa (fonte primaria da informação), contactou a agencia portuguesa resultando na retificação da publicação, porém, acrescentou que não surtiu efeito porque outros meios de comunicação já haviam retomado a versão do “pedido de destituição do Presidente.
“Claro que eu não ia dizer que ia ao Tribunal Constitucional pedir impeachment para o PR, porque como Deputada sei muito bem que não é assim que começa um processo desses. Começa”, rematou ‘Tchizé’ dos Santos, em resposta aos internautas que a pediam esclarecimento das suas declarações.
O alegado pedido de destituição do Presidente República provocou divisões internas não só no regime como na sociedade em geral. O MPLA, através do seu porta-voz Paulo Pombolo avisou que o seu partido vai analisar as declarações da sua dirigente, que por sinal faz parte do Comité Central, uma das mais altas estruturas da direção desta força política.
A UNITA, o maior partido da oposição também pronunciou-se considerando que os pronunciamentos da parlamentar são “indicadores de declínio” no MPLA.
Já o veterano jornalista Reginaldo Silva, também por via das redes sociais, prestou atenção a reclamações públicas de Tchizé apontando alegada perseguição politica. Para Silva “seja como for pela primeira vez acho que o que ela disse não pode ser ignorado, tendo em conta a sua posição de deputada. Ela disse que esta a ser perseguida e por isso foi forçada a refugiar-se no estrangeiro ”.
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