Deputado do MPLA diz que foi o professor que agrediu ele, com plano de lhe extorquir dinheiro



Ovidio Pahula, Deputado do MPLA pelo circulo provincial do Cunene, acusado de agredir fisicamente o professor do seu filho, no passado dia 30 de Abril, diz em um comunicado, que são falsas as acusações que lhe são imputadas.

Confira a Nota:

1. No pretérito dia 30 de Abril, o meu filho, Celestino Pahula, estudante da 11ª classe do curso de Ciências Jurídicas e Econômicas no complexo estudantil Pitágoras, sito em Ondjiva, província do Cunene, tinha que realizar provas parcelares;

2. Tendo sido vedada a sua entrada as instalações do colégio pelo simples facto do seu passe de identificação não conter o laço de suporte ao pescoço, desesperado com a eminente possibilidade de perder a prova, pediu a minha ajuda para que interviesse junto da direcção da escola para se ultrapassar a situação, sendo que a primeira tentativa que fiz foi por meio de uma chamada telefônica que redundou em insucesso, já que o professor em serviço na entrada do colégio negou -se a falar comigo ao telefone;

3. Resolvi então deslocar-me pessoalmente a instituição, com o objectivo de contactar a direcção do colégio e ajudar o meu filho a não perder a prova parcelar. Para a minha surpresa, encontrei várias crianças à entrada do colégio, também impedidas de entrar na instituição e, portanto, impossibilitadas de fazerem a prova parcelar daquele dia;

4. Foi quando procurei aceder as instalações do Colégio que me deparei com o individuo que agora se apresenta como professor e agente da policia, pois, ao inicio julguei tratar-se do Porteiro da Instituição, já que era ele que pessoalmente impedia a entrada das crianças;

5. Como em qualquer circunstância, comecei por saudar o individuo e apresentei-lhe a minha preocupação, que era a de tentar o contacto com a direcção do Colégio para convence-la de que o bem jurídico que é o acesso a prova parcelar era superior a ausência dos passes do colégio. Não sei, se por premeditação ou por tratar-se da característica do sujeito, mas a verdade é que sem mais e sem menos, o individuo começou a insurgir-se contra mim, primeiro verbalmente, depois com empurrões, o que motivou a alteração dos ânimos;

6. Diante da intransigência do individuo, a direcção da escola acabou por intervir, sendo que tudo ficou resolvido tanto para mim como as crianças, pensando eu que aquele incidente tivesse terminado aí. Para meu espanto, dias depois deparei-me com toda essa grosseria que se lê hoje nas redes sociais e nalguma imprensa.

7. Para que se reponha a verdade dos factos, reafirmo categoricamente que além dos insultos e empurrões de que fui vítima, em nenhum momento levantei a minha mão para agredir o referido sujeito, que hoje sei que se trata de um professor e agente da policia. O que aconteceu foi que os agentes da UPIP que me acompanhavam, tão logo perceberam os ânimos a exaltarem-se, vieram em meu socorro, protegendo-me apenas, sem no entanto, agredir o cidadão em causa. Pelo que acho ser de tamanha grosseria e desonestidade, o individuo dizer publicamente que foi agredido por mim.

8. Não deve ser difícil para qualquer cidadão perceber de que se trata de um oportunista que quer a qualquer preço manchar o meu bom nome e do partido a que pertenço, depois extorquir-me, já que diz ter perdido no acto, um telemóvel avaliado em 600 mil kuanzas, fios de ouro de 300 mil e uma carteira de bolso com 70 mil kuanzas.

9. Aproveito o ensejo para pedir desculpas aos angolanos, em particular aos professores de todo o País, aos quais considero verdadeiros heróis dessa pátria, as minhas sinceras desculpas pelo mau entendido. Nunca me passaria pela cabeça levantar a minha mão contra um professor a quem confiei a educação do meu próprio filho.

10. Não bati em nenhum professor;

11. Ao terminar, gostaria de informar a opinião publica que diante da gravidade das acusações a que fui alvo, encaminhei o assunto as autoridades afins para que a verdade vença.

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