Perante o actual diagnóstico, que tem, obviamente, a marca de uma mundividência caótica, cujo teor é caracterizado pela vingança, caça – as – bruxas e perseguição implacável à família Eduardo dos Santos, há provas de sobra de que essa guerra, levada por João Lourenço e seus anciões de plateia e de guarda, já há muito deixou – se completamente perder na penumbra sábia de Eduardo dos Santos, a luz de uma estratégia que supera a força e a brutalidade.
José Eduardo dos Santos, pensa antes de agir, e age sempre à luz de profundas reflexões: afinal de contas, mais velho, é mesmo mais velho, João Lourenço já perdeu a guerra contra José Eduardo dos Santos.
Logo, não há como tratar essa guerra com condescendência, ou querer mitigar a barbárie trucida da popularidade do ex – Presidente, ou converter essa guerra, numa guerra inocente, enquanto que, o que os homens fizeram aos homens, em nome da maldade à família Eduardo dos Santos, e a favor da vingança, não tem nome. Quem acha que essa guerra, é no mínimo uma forma mais efectiva de combate à corrupção imposta por João Lourenço, é desde então, desprovido de faculdades pensantes para analisar os factos hodiernos, como pode se prender Zeno dos Santos, sem que se fosse notificar à quem ele prestava contas como o ex – Ministro das Finanças, o ex – Governador do BNA, ainda mais, Zeno, foi colocado preso, em condições excessivamente desumanas, marcado por uma perda progressiva do seu peso, e nunca o homem de leme do País, quis saber se Zeno andava bem de saúde ou não. Todavia, o banqueiro Álvaro Sobrinho marcado por uma gestão excessivamente danosa, um dos corpos fundamentais que pôs o BESA de pés descalços, de nada se fala sobre ele. José de Lima Massano, o multimilionário excessivamente corrupto, foi colocado no púlpito do espaço em prol da Nova Governação, ao passo que Zeno dos Santos, foi torturado psicologicamente no Hospital Cadeia São Paulo, uns tantos como Manuel Vicente, que até então, levaram anos e anos a lavar dinheiro e a cometer actos de peculato e branqueamentos de capitais, dentro e fora da nação angolana, continuam a fazer do Estado o escudo protector de seus crimes, ainda assim, para o desvio dos Fundo Soberano, Zeno dos Santos, não o realizou só, contou com a participação de um dos sobrinhos de Manuel Vicente, que ficou impune, pelo facto do tio ter um protector de chumbo dado pelo Governo de João Lourenço. Desde então, quem trata essa guerra, de vingança e perseguição, que escolhe alvos para atacar como uma forma inteligente de combate à corrupção, equivale a falsa propaganda que diz não ter havido massacres na Arménia em 1915, perpetrado por turcos ortomanos contra arménios cristãos, ou que o Holocausto na Segunda Guerra Mundial não existiu, ou é uma culpa que deve ser dividida entre judeus e nazis.
A perseguição à família de Eduardo dos Santos, com todos os seus requintes atrozes, não é uma história de ficção que se sabe enterrar no esquecimento, mas sim um drama nacional, não aviltante, cujo eco, se plasma, como um imperativo para as Governações africanas, marcadas sempre por mácula e destruição ao passado que sucedem, sob pena de cursar com a destruição total da memória do passado, apagando os nomes dos vingados na história do País, e deixando uma nação sem heróis, nem patriotas, cujo herói é único, aquele que soube perseguir os outros e substituí – los com o seu legado de vingança e perseguição implacável.
Seja, como for, não nos podemos esquecer das lições cruéis da história, que teve de atravessar a família de Eduardo dos Santos, a necessidade de evocar esse passado e o inferno que se viveu às mãos de Vossa Excelência Sr Presidente João Lourenço, para que os angolanos aprendam com os seus erros, de que a vingança ou a violência, não são meios úteis de fazer justiça ao passado (…), é necessário apagar o rancor, o fanatismo, e edificar um sistema político de liberdade, isento de tutelas e exclusão partidária às pessoas. A dor da família Eduardo dos Santos, marcada pelo tratamento desumento à Zeno, onde José Eduardo dos Santos se terá sacrificado à tudo, para savaguardar a integridade física do filho, posto em causa a própria vida, é também, um património da memória para o futuro, que será escrito em livros de história, o drama que José Eduardo dos Santos foi sujeito depois de dar de bandeja o poder à João Lourenço, ter – lhe confiado os altos poderes do Estado, incluindo o próprio MPLA. Seguir, portanto, a esteira dos que entoam hinos para se esquecerem do passado, ou se embriagam para passar um apagador sobre o passado, é negar a dor e a história que consumiram o passado, é deixar de ser humano, para ser um simples robô, que não se compadece com o sofrimento alheio, nem sequer com o seu, cujo principal atributo visa, esquecer – se à si mesmo.
Bem – haja!
João Henrique Rodilson Hungulo
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1 Comentários
Cala boca para deixa o João Lourenço trabalhar em paz vocês tenhem sorte d não parar n TPI
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