O general e militante do MPLA, Higino Lopes Carneiro, revelou o líder fundador da UNITA, Jonas Savimbi, tinha aceitado ser vice-presidente de Angola, num acordo assinado no Gabão.
Foi com a caneta de Higino Carneiro, na altura membro da Direcção Política que fazia a negociação de paz com a UNITA, que Jonas Malheiro Savimbi, assinou o termo de compromisso de ser vice-presidente da República, e terminar com os conflitos no país.
Segundo o general Higino Carneiro, em entrevista à Rádio Nacional de Angola, acompanhada pela Angola-Online, a falta de boa fé na negociação de paz e a inconformidade do líder da UNITA esteve na base do desfecho do conflito armado que terminou com a morte de Savimbi.
“O papel dele foi sempre contrário, não foi positivo, ou seja, ele poderia falar agora, entre nós, estava de acordo. Quando disse sim, nós sabíamos que era não, porque bastava sairmos, fecharmos a porta, ele faria o contrário… me recordo do encontro em Gabão, quando ele próprio concordou em ser vice-presidente da República, aliás assinou este termo de compromisso com a minha caneta, mas saiu daí disse o contrário,” revelou Higino Carneiro.
Em resposta, o general e militante da UNITA, Kamalata Numa, em entrevista à rádio Ecclesia, fez saber que a negociação para Jonas Savimbi tornar-se vice-PR foi um processo que nunca foi concluído.
No dia 4 deste mês, o país comemorou 16 anos de paz efectiva, o acto central foi orientado pelo vice-PR, Bornito de Sousa, e teve lugar em Malanje.
0 Comentários