O Sindicato Nacional de Professores e Trabalhadores do Ensino Não Universitário (SINPTENU) de Angola apresentou hoje uma queixa-crime contra o diretor provincial da Educação de Luanda, acusando-o de "abuso de poder e obstáculo ao exercício da atividade sindical".
Em nota de imprensa enviada à Lusa, o SINPTENU informa que a participação criminal contra o diretor provincial de Educação de Luanda, André Soma, entrou ao princípio da tarde de hoje na Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola com acusações ainda de "corrupção e nepotismo".
Segundo o documento, assinado por Zacarias Jeremias, secretário-geral daquele sindicato, o diretor de Educação de Luanda terá pago uma avultada quantia em dinheiro a um grupo de membros para "desestabilizarem o sindicato".
"Financiou em 2015 e voltou a financiar em 2016 um grupo de membros da organização encabeçada pelo professor Luís Inácio da Silva Viegas de modo a concorrer às eleições e continuar com as práticas de corrupção e nepotismo dentro da organização", lê-se no documento.
O comunicado, aludindo à queixa formalizada hoje, inúmera ainda várias práticas supostamente orientadas pelo diretor de Educação de Luanda, com o propósito de criar instabilidade ao SINPTENU, entre elas a "legitimação de um professor expulso do sindicato por conduta indecorosa por ele financiada".
"O sindicato tem ainda a denunciar o facto de existirem colégios privados nos municípios de Luanda a violarem o princípio da gratuitidade previsto na lei uma vez que os docentes dos referidos colégios são pagos com valores do erário público", acrescenta.
Com estes factos, sublinha o documento, o SINPTENU solicita à PGR que seja instaurada uma comissão de inquérito "para devido procedimento criminal" pelo "comportamento consciente do participado por ter cometido os crimes de obstáculo o exercício da atividade sindical, abuso de poder e prevaricação".
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