O ex-presidente do Conselho de Administração (PCA) da Sociedade de Desenvolvimento da Matala(SODMAT), empresa encarregue pela gestão do perímetro irrigado da Matala, foi detido no pretérito Domingo, 4, após ser ouvido em audiência no Tribunal Provincial da Huila.
Contra Luís Arsénio Salvaterra dos Santos, pendem acusações de ter cometido o crime de peculato, em 2012, período em que terá desviado cerca de quatro milhões de dólares, sob sua gestão. A sua detenção foi ordenada pelo juiz da causa, e o réu foi recolhido para uma das unidades penitenciarias da cidade do Lubango. Com o ex-PCA da SODMAT foram igualmente detidos três altos funcionários do mesmo organismo que terão participado do desfalque.
Trata-se de Domingos Paulo, Candeeiro Miguel José e Ernesto Gonçalves. Segundo o sub- procurador- geral da República na Huila, Hernani Beira Grande, a detenção de Luís Arsénio Salvaterra dos Santos e os seus confrades decorreu pelo facto do crime de que são acusados não prever a liberdade provisória. “Estes arguidos estão a ser acusados do crime de peculato, previsto e punido pela combinação dos artigos 313º, 437º e 421º, ambos do código penal”, disse.
Segundo uma fonte deste jornal ligada à SODMAT, o dinheiro desviado foi disponibilizado pelo Estado para que se fizesse uma gestão que permitisse a exploração efectiva do perímetro irrigado da Matala, com a abertura de Pólos de Desenvolvimento Agrário ao longo do mesmo circuito.
Com o extravio desta verba, segundo a fonte, o Governo decidiu suspender a alocação de verbas para a SODMAT, desde 2012, o que tem estado a causar inúmeras dificuldades no funcionamento eficiente do perímetro irrigado da Matala. O actual presidente da Sociedade de Desenvolvimento da Matala, Cipriano Ndulumba, confirmou a O PAÍS que, por falta de dinheiro, a exploração do perímetro irrigado da Matala não está a ser feita na sua plenitude.
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