A empresária angolana Isabel dos Santos abre hoje o seu terceiro hipermercado da rede angolana “Candando”, este localizado em Viana, nos arredores de Luanda, criando 375 postos de trabalho, informou à Lusa fonte daquele grupo empresarial.

Situado a cerca de 30 quilómetros do centro de Luanda, o terceiro hipermercado do grupo Contidis, detido por Isabel do Santos, contará com uma área de 4.300 metros quadrados.

“Sai assim reforçada a aposta do Candando no talento nacional, que conta no total com mais de 1.350 colaboradores”, refere o grupo.

A própria Isabel dos Santos já tinha anunciado na quarta-feira que estava a ultimar a abertura do seu terceiro hipermercado da rede “Candando”, através da sua conta no Instagram, uma das redes sociais que tem utilizado para dar conta da sua vida empresarial após a saída do cargo de presidente do conselho de administração da petrolífera estatal angolana Sonangol.

Na publicação, acompanhada de duas fotografias da nova loja “Candando” de Viana, Isabel dos Santos referia que estava quase a abertura de “mais uma porta” em Luanda.

Desde que foi exonerada da Sonangol pelo chefe de Estado angolano, João Lourenço, a empresária e filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos já lançou uma marca de cerveja própria, a “Luandina”, e abre hoje o seu terceiro hipermercado.

A rede “Candando”, do grupo Contidis, é liderada pelo português Miguel Osório, ex-quadro da Sonae e diretor-geral do projeto, depois do fim da parceria da empresária angolana com aquele grupo português do retalho.

O primeiro hipermercado “Candando”, palavra derivada da língua quimbundo, que significa “Abraço”, abriu portas também em Luanda, em maio de 2016, representando na altura um investimento de 40 milhões de dólares (33,8 milhões de euros) e prometendo apostar na produção nacional.

A segunda loja abriu em abril deste ano, em Talatona, arredores de Luanda, próximo do anterior.

Na altura da inauguração do primeiro hipermercado, Miguel Osório anunciou a abertura de dez lojas “Candando” em cinco anos, num investimento global de 400 milhões de dólares (338 milhões de euros).

Este investimento surge numa altura de forte crise em Angola, devido à quebra nas receitas com a exportação de petróleo, o que tem provocado a escassez de vários produtos nos hipermercados do país, tendo em conta a dificuldade de divisas para garantir importações.

Só no primeiro hipermercado, um dos maiores do país, foram criados, segundo o grupo Contidis, 750 postos de trabalho.

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