O Presidente do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa, declarou feriado nacional o dia 21 de fevereiro, aniversário de Robert Mugabe, que resignou à Presidência ao fim de 37 anos no poder.
O Presidente do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa, declarou, esta segunda-feira, feriado nacional o dia 21 de fevereiro, aniversário de Robert Mugabe, que resignou à Presidência ao fim de 37 anos no poder, após uma ação militar e protestos populares.
A decisão foi publicada numa nota governamental na sexta-feira, data em que Emmerson Mnangagwa, demitido por Mugabe do cargo de vice-presidente em 6 de novembro, tomou posse como Presidente provisório do Zimbabué, três dias depois de Mugabe resignar.
Reconhecendo os erros do passado durante o Governo presidencialista de Mugabe, Mnangagwa, que chegou a ser muito próximo do ditador, descreveu o ex-líder como mentor. Os funcionários do partido no poder – União Nacional Africana do Zimbabué — Frente Patriótica (ZANU-PF) – continuaram também a louvar o papel anterior de Robert Mugabe, de 93 anos, na evolução do país.
A ideia de determinar o dia de aniversário de Mugabe como feriado nacional começou a ser discutida durante a governação de Mugabe. Esta segunda-feira, as forças de segurança do Zimbabué, que reportaram casos de saque e ocupação ilegal de fazendas e casas após a demissão de Mugabe, garantiram que a situação no país “voltou à normalidade”.
A polícia, em grande parte ausente das ruas de Harare durante a transição de liderança, revelou que assumirá o papel “estipulado na Constituição” e realizará patrulhas conjuntas com os militares, inclusive no distrito central de negócios de Harare, capital do Zimbabué.
Muitos zimbabuenses elogiaram as forças armadas pelo papel que desempenharam, que levou à demissão de Mugabe, em 21 de novembro, mas rejeitam a polícia por suposta corrupção.
Quanto à igreja católica do Zimbabué, o líder da conferência de bispos exortou o novo Governo do Presidente Emmerson Mnangagwa a trabalhar para a recuperação económica e para as reformas eleitorais, antes de eleições nacionais, em 2018.
O bispo afirmou que estará ao lado do Governo para ultrapassar “todas as formas de sanções que foram impostas ao país”. Os líderes católicos acreditam que as reformas eleitorais vão restaurar a confiança e que “a realização de eleições livres e justas, em 2018, tornará o resultado mais aceitável interna e externamente”.
Em atos eleitorais realizados na Presidência de Robert Mugabe, houve alegações de falsificação de votos e violência, que provocou mortos
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