Faz precisamente oito meses que uma mega comitiva de membros do Executivo angolano, integrada pela Ministra de Estado para Área Social, o ministro do MAT, bem como Secretários de Estado da Saúde, Cultura, Agricultura e Comércio, desembarcaram no aeroporto Albano Machado. Na bagagem um conjunto de promessas eleitoralistas, e o habitual folclore de diagnóstico dos problemas e constrangimentos de alguns projectos de impacto social, que emperram o desenvolvimento da Província do Huambo.
Uma das obras que está inacabada há 10 anos é o Centro Cultural da cidade Planaltica, certamente que o desconhecimento dos (des)gestores sobre o valor imaterial do projecto, tem contribuído para que a infraestrutura continue voltada ao abandono, e com fortes indícios de degradação.
Afinal, para que servem as visitas de constatação, pagas com exorbitantes valores dos cofres de Estado, onde aviões ficam na placa por mais de dois dias a espera dos representantes do titular do poder executivo?
Para além da Ministra de Estado para Área Social, Carolina Cerqueira, e o seu "dream team", que na ocasião prometeu que em menos de dois meses a obra iria avançar, a obra já recebeu a visita de membros de acompanhamento do Partido responsável pela desgraça dos angolanos (MPLA).
Posteriormente, e para não ficar de fora do festival de promessas, o ministro da Cultura, Jomo Fortunato, fez a mesma promessa. Porém, continua abandonada a própria sorte, numa altura em que a província do Huambo não conheceu nenhuma obra social nova desde 2008.
O Centro Cultural dispõe de varias valências, onde se destacam: dois cine-teatros, duas salas de conferências, espaço para apresentação de trabalhos de arte, literatura e música, salas para aulas de dança, artes plásticas e artesanato, bem como de exposições.
A infraestrutura paralisada em 2014, supostamente por razões de limitação financeira, contempla ainda, 11 lojas de especialidades artísticas e culturais, um restaurante, áreas de apoio aos actores e músicos durante as exibições, entre outras valências.
Vale lembrar que é longa a lista de projectos de investimentos públicos inacabados nesta província Planaltica, com realce para conclusão do Jardim da Cultura (cartão postal da Cidade); Estufa Fria e Casas (duas) Ecológicas do Huambo, a Ponte do Mercado da Alemanha; a asfaltagem dos bairros da Juventude, Santo António e Santeira; construção de complexos e residências administrativas nos municípios do Londuimbali e Longonjo; conclusão da requalificação do reino do Bailundo; a construção do novo Hospital Pediátrico e municipal do Bailundo, entre outros.
A paralisação das obras do Centro Cultural do Huambo revela bem como o MPLA vai adiando o sonho dos Fazedores de artes, em terras de Wambo Kalunga, Ekuikui e Katyavala Bwila.
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