Carlos Rosado pode está a servir interesses dos marimbondos

Alguns sectores conservadores do sector das finanças, antes mesmo dessa crise da COVID-19, alertaram ao Presidente João Lourenço que era importante cortar gastos que só beneficiavam alguns dirigentes e debilitavam as finanças públicas.

Um dos casos mais abordado, também prioridade do actual Executivo, foi a contenção de gastos com as rendas pagas por ministérios, tribunais, institutos públicos e outras entidades públicas. No passado, alguns dirigentes políticos redigiam contratos de arrendamento e cediam seus próprios imóveis ao Estado a preços exorbitantes e injustos, simbolizando enormes custos ao Orçamento Geral do Estado. Tais edifícios que albergam a Administração Pública não oferecem condições que justifiquem o preço pago. Foi neste sentido que surgiu uma alternativa ambiciosa de um sector privado que visou tirar do Governo esse enorme peso, construindo um enorme projecto de tipologia BOT e contemplar uma pequena parcela para Ministérios, tribunais e outros órgãos da administração central: a iniciativa foi apelidada de “Bairro dos Ministérios”.

O jornalista Carlos Rosado entrou em cena depois se ter tornado pública a ideia e conquistou péssimas avaliações de bastidores contra si. Ele, e vários outros jornalistas, recebeu informações privilegiadas e detalhadas sobre o referido projecto, e soube que era pretensão do governo cortar nos gastos com os edifícios alugados, pensar numa solução permanente, barata e eliminar o enorme passivo de uma vez por todas. Dias depois, para espanto de vários dirigentes e sectores das finanças, o jornalista apareceu num programa de televisão a fazer uma campanha difamatória contra o projecto que teria criado milhares de emprego.

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Este assunto veio à tona, porque um alto dirigente do ministério das finanças chamou-o de hipócrita, devido às suas últimas intervenções à TV Zimbo em que aconselhava o Executivo a poupar. O dirigente afirmou:

“Engraçado, Carlos Rosado difamou, contra todas as expectativas, um programa que visava deixar de enriquecer dirigentes com pagamento de rendas injustas e agora vem aconselhar o Executivo a poupar, quando ele próprio contribuiu para toda a incompreensão pública que se seguiu”.
“Vários antigos dirigentes continuam e continuarão a receber milhões do Estado com contratos de arrendamentos injustos feitos no passado, é isso que o Presidente João Lourenço queria evitar. Foi um duro golpe. Sinceramente, não sei se ele foi pago pelos donos desses edifícios para confundirem a opinião pública sobre o Bairro dos Ministérios. Eu gostaria de perguntar ao Rosado o que adiantou? Está bem assim os contribuintes angolanos continuarem a pagar milhões e a enriquecer políticos e suas famílias por edifícios degradados e sem condições?”

O projecto de iniciativa privada e de tipologia BOT, seria um duro golpe aos proprietários de imóveis arrendados ao Estado. Estes, talvez, tenham movido uma dura campanha de desinformação e de relações públicas contra o chamado “Bairro dos Ministérios”, porque teriam perdido uma aliciante fonte de receitas.

Quem Carlos Rosado tentou proteger?

Parece ainda uma incógnita saber quem tentou o jornalista proteger, entretanto, podemos informar que um dos proprietários de imóveis alugados ao Estado, entre outros, é um antigo ministro das finanças.

Por: Álvaro Hernani

Saiba mais sobre este assunto, clicando neste link https://youtu.be/5O5g-Sp_C8k

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